Publicação: 14/01/2014 06:00 Atualização: 14/01/2014 06:42
Caloura no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) marca sua estreia no maior processo voltado ao ingresso no ensino superior como a mais disputada do Brasil, com 52,65 candidatos por vaga. A concorrência nacional, fruto do verdadeiro leilão de vagas que se chama Sisu, surtiu efeito na quantidade de estudantes em busca de um lugar na maior universidade mineira: três vezes maior que no ano passado. Os inscritos passaram de 60.264 no último vestibular da federal para 186.123 nesta seleção. A UFMG registrou o segundo maior número de candidatos, atrás apenas da do Ceará (UFC). Com esse resultado, desbancou a do Rio de Janeiro (UFRJ), que ocupou essa posição no ano passado. A lista dos aprovados nas 115 instituições participantes foi divulgada ontem pelo Ministério da Educação (MEC).
A surpresa da primeira participação da UFMG no Sisu ficou por conta do curso de administração, o mais disputado na universidade e o sétimo no país, com 134,92 estudantes em busca da mesma cadeira. Por causa disso, foi quebrada uma sequência dos oito últimos vestibulares, que teve medicina como líder absoluto desde 2006. Em segundo lugar, está psicologia, que nem sequer aparecia entre os cinco mais concorridos das seleções anteriores da UFMG. Com 114,14 candidatos por vaga, o curso também está na lista dos 20 mais concorridos do país.
Em nível nacional, administração também se destacou. Fechou o Sisu como o curso com a maior quantidade de inscritos (302.191) e confirmou a tendência apontada durante toda a semana passada, no período de inscrições. Em seguida, está direito, com 225.688 candidatos. Nos instantes finais, pedagogia, com 217.116, ultrapassou medicina, que um dia antes do encerramento das inscrições ocupava o terceiro lugar. A carreira médica terminou a seleção em quarta posição (211.065), mas foi o curso com a maior concorrência, (72,16 estudantes na disputa da mesma vaga). Administração foi o segundo mais concorrido (49,26 candidatos/vaga). Na sequência, estão direito (47,77) e engenharia civil (42,6).
Ao todo, 2.559.987 estudantes se inscreveram para a seleção deste primeiro semestre, na qual 171.401 vagas estão em jogo, em 4.723 cursos. Minas, com 18 instituições participantes, ofereceu o maior número de lugares (20.029) e teve o maior número de inscritos (616.419). Isso representa quase três vezes mais que o total de interessados nas instituições mineiras na primeira edição do Sisu no ano passado, quando houve 227.515 inscritos, refletindo o interesse de estudantes de todo o país pela UFMG.
Professor aposentado da UFMG, Jacques Schwartzman afirma que não é surpresa o destaque da universidade nesta edição do Sisu. “Ela sempre aparece bem nos rankings, é muito procurada”. Para o especialista em ensino superior e políticas públicas para a educação, o aumento de inscritos e de candidatos por vaga também é consequência natural do processo de seleção: “O Sisu não era tão conhecido, por isso, essa concorrência é sinal de que deu certo e os alunos estão usando o sistema. Quanto mais difícil a entrada, melhores são os alunos das universidades”.
Aprovação
A surpresa da primeira participação da UFMG no Sisu ficou por conta do curso de administração, o mais disputado na universidade e o sétimo no país, com 134,92 estudantes em busca da mesma cadeira. Por causa disso, foi quebrada uma sequência dos oito últimos vestibulares, que teve medicina como líder absoluto desde 2006. Em segundo lugar, está psicologia, que nem sequer aparecia entre os cinco mais concorridos das seleções anteriores da UFMG. Com 114,14 candidatos por vaga, o curso também está na lista dos 20 mais concorridos do país.
Em nível nacional, administração também se destacou. Fechou o Sisu como o curso com a maior quantidade de inscritos (302.191) e confirmou a tendência apontada durante toda a semana passada, no período de inscrições. Em seguida, está direito, com 225.688 candidatos. Nos instantes finais, pedagogia, com 217.116, ultrapassou medicina, que um dia antes do encerramento das inscrições ocupava o terceiro lugar. A carreira médica terminou a seleção em quarta posição (211.065), mas foi o curso com a maior concorrência, (72,16 estudantes na disputa da mesma vaga). Administração foi o segundo mais concorrido (49,26 candidatos/vaga). Na sequência, estão direito (47,77) e engenharia civil (42,6).
Ao todo, 2.559.987 estudantes se inscreveram para a seleção deste primeiro semestre, na qual 171.401 vagas estão em jogo, em 4.723 cursos. Minas, com 18 instituições participantes, ofereceu o maior número de lugares (20.029) e teve o maior número de inscritos (616.419). Isso representa quase três vezes mais que o total de interessados nas instituições mineiras na primeira edição do Sisu no ano passado, quando houve 227.515 inscritos, refletindo o interesse de estudantes de todo o país pela UFMG.
Professor aposentado da UFMG, Jacques Schwartzman afirma que não é surpresa o destaque da universidade nesta edição do Sisu. “Ela sempre aparece bem nos rankings, é muito procurada”. Para o especialista em ensino superior e políticas públicas para a educação, o aumento de inscritos e de candidatos por vaga também é consequência natural do processo de seleção: “O Sisu não era tão conhecido, por isso, essa concorrência é sinal de que deu certo e os alunos estão usando o sistema. Quanto mais difícil a entrada, melhores são os alunos das universidades”.
Aprovação
O candidato Raphael Dantas Avance Cardoso, de 23 anos, garantiu uma cadeira no curso mais concorrido da UFMG e levanta hipóteses para a concorrência acirrada. “Os jovens têm desenvolvido um senso empreendedor e buscam ferramentas para concorrer no mercado de trabalho. Também percebo que quem está em dúvida acaba optando por administração, por ser uma área bem ampla”, comenta. No caso de Raphael, a escolha foi motivada pela atuação profissional. Como é funcionário do Banco do Brasil, o estudante espera crescer na instituição. “Administração é um dos cursos que têm mais peso aqui no banco”, conta.
Destaque para engenharia
As engenharias foram o destaque da primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) neste ano. Dos 20 cursos com a maior nota de corte, 14 são dessa área. Engenharia naval é a carreira que exigiu a mais alta: foram necessários pelo menos 869,15 pontos para obtenção de uma vaga na modalidade, na ampla concorrência. Entre os cotistas, a nota mínima mais alta foi em engenharia mecânica aeronáutica (775,7 pontos), superando a da ampla concorrência (775,18 pontos). O Ministério da Educação (MEC) não divulgou as instituições às quais pertencem esses cursos.
Este ano, a disputa no Sisu foi mais acirrada entre quem optou pela reserva de vagas. Os estudantes que se inscreveram pela Lei das Cotas enfrentaram concorrência de 31,76 candidatos por vaga. Nas ações afirmativas, política das próprias universidades, essa relação ficou em 30,35 alunos na corrida pela mesma cadeira. Nas vagas de livre concorrência, essa disputa foi de 27,19 candidatos/vaga.
Nas engenharias, um desses futuros engenheiros em Minas Gerais é o estudante Pedro Faria, de 18 anos. Depois de um ano de dedicação, ontem de manhã, logo depois do resultado, ele começou outra luta por uma vaga, desta vez em uma república de estudantes em BH. O jovem passou em 1º lugar em engenharia mecânica da UFMG, nas vagas de livre concorrência, e ficou mais feliz ainda com o fato de a Federal ter sido a mais concorrida do Sisu.
“É uma universidade muito bem conceituada e o plano agora é estudar muito mais no ensino superior”, conta Pedro, que foi também 1º lugar em engenharia química na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e 4º em engenharia mecânica no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Segundo Pedro, as expectativas em relação à primeira participação da UFMG se confirmaram.
Professor da UFMG, Jacques Schwartzman acredita que o raio X dos alunos só será conhecido após as matrículas, quando se saberá se os estudantes selecionados são do estado no qual está a universidade onde foram aprovados, se foi escolha em primeira ou segunda chamada e qual o tamanho da mobilidade.
PROUNI
Destaque para engenharia
As engenharias foram o destaque da primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) neste ano. Dos 20 cursos com a maior nota de corte, 14 são dessa área. Engenharia naval é a carreira que exigiu a mais alta: foram necessários pelo menos 869,15 pontos para obtenção de uma vaga na modalidade, na ampla concorrência. Entre os cotistas, a nota mínima mais alta foi em engenharia mecânica aeronáutica (775,7 pontos), superando a da ampla concorrência (775,18 pontos). O Ministério da Educação (MEC) não divulgou as instituições às quais pertencem esses cursos.
Este ano, a disputa no Sisu foi mais acirrada entre quem optou pela reserva de vagas. Os estudantes que se inscreveram pela Lei das Cotas enfrentaram concorrência de 31,76 candidatos por vaga. Nas ações afirmativas, política das próprias universidades, essa relação ficou em 30,35 alunos na corrida pela mesma cadeira. Nas vagas de livre concorrência, essa disputa foi de 27,19 candidatos/vaga.
Nas engenharias, um desses futuros engenheiros em Minas Gerais é o estudante Pedro Faria, de 18 anos. Depois de um ano de dedicação, ontem de manhã, logo depois do resultado, ele começou outra luta por uma vaga, desta vez em uma república de estudantes em BH. O jovem passou em 1º lugar em engenharia mecânica da UFMG, nas vagas de livre concorrência, e ficou mais feliz ainda com o fato de a Federal ter sido a mais concorrida do Sisu.
“É uma universidade muito bem conceituada e o plano agora é estudar muito mais no ensino superior”, conta Pedro, que foi também 1º lugar em engenharia química na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e 4º em engenharia mecânica no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Segundo Pedro, as expectativas em relação à primeira participação da UFMG se confirmaram.
Professor da UFMG, Jacques Schwartzman acredita que o raio X dos alunos só será conhecido após as matrículas, quando se saberá se os estudantes selecionados são do estado no qual está a universidade onde foram aprovados, se foi escolha em primeira ou segunda chamada e qual o tamanho da mobilidade.
PROUNI
Estão abertas até sexta-feira as inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni). São oferecidas 191.625 bolsas em todo o país, das quais 131.636 integrais e o restante, parciais, em 25,9 mil cursos. Administração tem o maior número de benefícios (21.252), seguida por pedagogia (14.773) e direito (13.794). As engenharias têm 19.837 bolsas e medicina, 693.
Minas é o segundo estado com a maior oferta de benefícios (19.584), atrás de São Paulo (64.327). São 1.116 instituições participantes, em 991 municípios. Podem se inscrever estudantes sem diploma de curso superior, que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2013 e obtido pelo menos 450 pontos. O candidato não pode ter zerado a redação. A renda familiar bruta, por pessoa, deve ser de, no máximo, três salários mínimos para concorrer à bolsa parcial e de um salário e meio para bolsas integrais. O bolsista de 50% poderá usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para custear o restante da mensalidade, sem precisar de fiador na contratação do financiamento. (JO e FA)
SISU NA PONTA DO LÁPIS
INSCRITOS
Brasil 2.559.987
Minas 616.419
UFMG 186.123
Minas é o segundo estado com a maior oferta de benefícios (19.584), atrás de São Paulo (64.327). São 1.116 instituições participantes, em 991 municípios. Podem se inscrever estudantes sem diploma de curso superior, que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2013 e obtido pelo menos 450 pontos. O candidato não pode ter zerado a redação. A renda familiar bruta, por pessoa, deve ser de, no máximo, três salários mínimos para concorrer à bolsa parcial e de um salário e meio para bolsas integrais. O bolsista de 50% poderá usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para custear o restante da mensalidade, sem precisar de fiador na contratação do financiamento. (JO e FA)
SISU NA PONTA DO LÁPIS
INSCRITOS
Brasil 2.559.987
Minas 616.419
UFMG 186.123
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