domingo, 29 de junho de 2014

Buuuuuh eterno

Sem comentarios hehehheh

Buuuuuu

Savassi na Copa

Beaga bomba
A copa bomba
Savassi bomba
E a gente eh meio Economia2005/1 para sempre!!!!

Vai ter copa sim

E viva a cerveja
Viva a copa
Quero copa todo dia

Meninos

Aprontando enquanto preparamos a festa de Nat e Junim

A união faz a força. E MTA bagunça também hehhehe

Oasis

Luis Eduardo Magalhaes eh fim do mundo mas eh um oasis!!!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Copa comprada

7 evidências claras de que a copa tá comprada!

Por Não Salvo

http://www.naosalvo.com.br/7-evidencias-claras-que-comprovam-que-a-copa-do-mundo-esta-comprada/

Hoje é dia!!!!

Que peso você carrega?

IVAN MARTINS
18/06/2014 08h51

Das coisas que a gente vive, assiste ou lê, lembra muito pouco. Quase nada, na verdade. De um livro de 300 páginas, uma mísera passagem. De um filme inteiro, uma cena. Assim funciona nossa memória: nunca sabemos o que ficará para o futuro, mesmo de eventos supostamente memoráveis. A gente fica lá, de olhos e ouvidos arregalados, tentando reter tudo, e descobre, cinco anos depois, que só se lembra do decote da moça que estava na cadeira ao lado. Ou nem isso.
Anos atrás, assisti à peça de teatro que deu origem ao filme Closer, perto demais, que todo mundo conhece. De uma hora e tanto de diálogos no palco, me lembro claramente apenas de uma frase, que é uma queixa feminina. “Os homens entram na nossa vida dizendo não ter carga nenhuma. Dias depois, chega um container com tudo que eles carregam”, diz uma das personagens. Ou será que ela dizia “um caminhão de mudanças”? Nem da tal frase eu me lembro com certeza.
Uma das grandes ironias da nossa vida comum, que a peça captura com perfeição, é que nós, embora nos lembremos de tão pouco, somos condenados a viver com as memórias daqueles que amamos. Este é o container, ou o caminhão de mudanças, a que a peça se refere. E ele certamente não é exclusividade dos homens – embora nós talvez saibamos esconder a nossa carga melhor do que as mulheres. Por um tempo, ao menos.
Estar com alguém é partilhar a carga que ele ou ela traz consigo. São dores, traumas e decepções. São dificuldades íntimas ou conflitos de família. Não penso em problemas que se possa resolver assim, de forma prática. São coisas com as quais se vive, e por isso constituem uma carga. Não é possível livrar-se delas com um gestou ou uma solução. Elas fazem parte do outro que a gente ama.
Às vezes, me parece que a capacidade de conviver com a dor do outro é uma das medidas da nossa capacidade de amar. Gente muito voltada para si mesmo não consegue partilhar as dificuldades alheias. Tornam-se impacientes, se entediam e, ao final, refugiam-se na indiferença. Afinal, por que não estamos aproveitando o tempo para nos divertir? Por que não estamos falando a meu respeito? Os sentimentos egoístas nem sempre são claros, mas explicam parte da dificuldade em conviver. Quem quer atenção em tempo integral não consegue perceber o outro. Nem gostar dele realmente. Amar, afinal, da forma como eu vejo, é apaixonar-se também pela dor alheia. Mas para isso é preciso olhar além de si.
Se isso parece pesado, não é.
De manhã, quando chove, a presença da mulher que a gente ama torna o mundo mais fácil, não mais difícil. Quando é o caso de reclamar, ou exibir fraqueza e perplexidade diante do insolúvel, ela está lá. Assim como estamos para ela. Às vezes, a gente ri de tudo e a vida parece uma taça de champagne borbulhando. Leve, leve, leve. Em outras ocasiões, partilha-se o intolerável de mãos dadas. Assim vamos: ao som de uma melodia imperceptível, dançando juntos, cada um com a sua carga, como um par de caramujos obstinados e felizes.

Ivan Martins escreve às quartas-feiras.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2014/06/que-bpesob-voce-carrega.html

Sobrou amor em Itaquera

IVAN MARTINS
13/06/2014 00h16 - Atualizado em 16/06/2014 16h01

Na minha frente, durante o jogo do Brasil, havia um casal de namorados. Ela, corintiana e barulhenta. Ele, sério, concentradíssimo no que dizia o seu rádio de pilha. Atrás de mim, outro casal. Cariocas felizes, colecionando copos plásticos de cerveja e pedindo, inutilmente, para que todos sentassem. À direita e à esquerda, por toda parte que se olhasse na Arena Corinthians, parecia haver torcedores em pares. O jogo de abertura da Copa do Mundo, a primeira e épica vitória do Brasil, converteu-se, para minha surpresa, num campo de acasalamentos. O lugar perfeito para celebração do Dia dos Namorados. Dizem que falta amor em São Paulo. Mas ele sobrou hoje em Itaquera.
Vocês percebem como isso é formidável? Eu mesmo tenho me queixado, mais de uma vez, da tendência das mulheres a evadir-se da paixão futebolística. Muitas gostam, a maioria nem tanto. Isso frequentemente coloca os homens numa espécie de isolamento de gênero. Para curtir o futebol de perto, para ir ao estádio, é preciso estar em companhia de outros homens e abrir mão da luminosa presença das mulheres. A gente escolhe o jogo, claro, porque a bola está conosco desde crianças, amante fiel e permanente, embora desobediente, embora capaz de nos fazer sofrer e nos maltratar. Mas sentimos culpa por escolhê-la.
Hoje, porém, não foi assim no Itaquerão. Hoje não havia tantos homens divididos. Em vez de grupos de marmanjos berrando gritos de guerra, havia casais se beijando, casais de mãos dados, casais batendo fotos, sorrindo juntos. Ou sofrendo, como no gol da Croácia e logo depois, naqueles minutos eternos em que o Brasil parecia incapaz de reagir. Também gritando e se abraçando nos nossos gols, aos pulos, com o alívio de quem empata, com a felicidade de quem começa a vencer, com a soberba raivosa de quem faz o terceiro gol e deixa para trás o terror do vexame. Um tobogã de emoções que descemos juntos, com o coração aos pulos.
Eu acho linda essa costura dos amores íntimos à paixão  pela Seleção. A camisa amarela é muito forte entre nós. Começa quando somos crianças de 4 ou 5 anos e nunca nos deixa. Adultos, continuamos a nos encantar e a sofrer com o time. É uma espécie de atavismo que passa de pai para filho, de pai para filha, e vai se propagando, intocado, pelas novas gerações. Por isso somos uma gente que sofre e goza com o futebol do seu país, e sente-se imensamente feliz com o time, com nos sentimos hoje.
Por isso, em retribuição àqueles que nos deram a primeira noite feliz da Copa, sugiro ao Felipão que libere nossos jogadores para namorar. Neymar, nosso herói magrelo e marrento, merece passar a madrugada da noite dos namorados nos braços da sua namorada famosa. Oscar, que nos encheu os olhos de alegria, tem todo direito a dormir em paz com a mulher que ama. Todos eles, na verdade, que hoje nos representaram com tanta garra e tanta coragem, merecem as delícias e o conforto de um romance. Esta noite, cobertos simbolicamente por um manto amarelo, somos todos vencedores. Que aqueles que venceram por nós sejam felizes como nós.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2014/06/bsobrou-amorb-em-itaquera.html

quarta-feira, 18 de junho de 2014

#11: Schroder

"Girando, girando, lá ia o carrossel, os cavalos congelados, saltando.
O lugo é um carrossel
A culpa é umc arrossel
A vida é um carrossel
Não... A história é umc arrossel.
Não, não. A memória.
A memória é umc arrossel"


domingo, 15 de junho de 2014

Raridade

Troquei de carteira e achei a oração que a vizinha me deu em 2007, quando fui pra italia


sábado, 14 de junho de 2014

Arrocha com tequila

Sem mais

Trio que deixará saudades

Com certeza grandes amigos, irmãos, parceiros de trabalho, república e vida!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

"Vai trabalhar"

Todo poder emana do povo (Mas não conte para o povo, ok?)

Leonardo Sakamoto

Muitas críticas têm sido lançadas contra o decreto presidencial que cria a Política Nacional de Participação Social, que tem por objetivo desenvolver mecanismos para acompanhar, monitorar, avaliar e articular políticas públicas.
Sim, o assunto é chato pra diabo. Mas é que feito fatura de cartão de crédito: se você não gastar uns minutos tentando entender aquele bando de números que parecem aleatórios, mais dia, menos dia, será enganado e nem perceberá.
Nunca uso um meme para começar um texto. É contra meus princípios. Mas diante da miríade de declarações de nobres deputados e senadores, dando voltas e voltas para construir justificativas estranhas, dizendo que garantir instrumentos de participação social é assassinar a nossa democracia, acho que vale a pena abrir uma exceção.
xovem2

Existe uma parcela dos leitores que, neste momento, chegaram à conclusão: “nossa, ele está defendendo a Dilma e o PT!” – como se alguma agremiação pudesse ter o monopólio da participação social. A partir de agora, não importa que eu diga que não estou defendendo ninguém, que isso é uma discussão de Estado não de governo, eles já se encontram na caixa de comentários se lambuzando. Como estou praticando a abstinência de comentários de blogs, não faço ideia ou questão do que vão escrever. Para os outros, porém, vale explicar meu ponto de vista.
Minha crítica é oposta a de outros colegas da mídia. Acho o decreto presidencial tímido demais, quase envergonhado. E vem tarde: afinal tudo o que ele organiza está previsto na Constituição Federal (aquele documento de 1988 que ninguém gosta de levar muito a sério) e não avança tanto quanto seria necessário, nem responde a demandas das manifestações de junho do ano passado – como veremos adiante.
Portanto, prefiro encará-lo como um primeiro passo para corrigir um desvio histórico de rumo, mais do que um produto acabado.
O decreto 8243/2014 não troca a democracia representativa pela direta em nosso país. Até porque não somos uma sociedade suficientemente desenvolvida, com acesso pleno à informação e consciência de seus direitos e deveres para aposentar nossos representantes. Isso é um sonho ainda distante.
Este decreto não cria instâncias, órgãos e cargos automaticamente, não diminui atribuições do Congresso Nacional ou interfere em outro poderes e não centraliza o controle da sociedade civil em “ONGs decididas a implantar o regime cubano no Brasil'' (hehehe, o povo é criativo na internet…).
O mais engraçado é que boa parte da própria base do governo no Parlamento não entendeu patavinas e nem consegue defender a ideia lá presente. Não entendeu ou não concorda, claro.
O pior é que esse debate é bizantino. Levando a sério alguns discursos que estão circulando nos plenários da Câmara e do Senado e em algumas páginas da imprensa, não poderíamos ter orçamento participativo, conselhos ligados à defesa dos direitos humanos (responsáveis por monitorar políticas como a de combate ao trabalho infantil), muito menos conselhos ligados à educação e saúde – bandeiras importantes de parlamentares ligados ao PSB, PSDB, PT, entre outros, durante a redemocratização.
Aliás, um deputado do PSDB, que tem uma luta histórica junto aos movimentos de saúde, me disse, nesta segunda, que a tese que já defendi aqui – de que ano eleitoral é péssimo para evoluir como sociedade porque ninguém ouve ninguém – pode ser comprovada pelos ataques a essa política.
Conselhos são um espaço em que governo e a sociedade discutem políticas públicas e sua implantação, e estão presentes desde o âmbito local – na escola, no posto de saúde – até o federal, onde reúnem representantes de entidades empresariais, organizações da sociedade e governo. Alguns são obrigatórios, exigidos por leis federais, mas cada município e estado pode criar os que julgar necessários.
Quem escolhe? Há diversas formas. O ideal é que seja por eleição, como ocorreu em São Paulo recentemente com as subprefeituras e áreas temáticas.
É óbvio que, para essas arenas de participação popular serem efetivas, precisam deter algum poder e não serem apenas locais de discussão e aconselhamento. E isso gera conflito entre novas instâncias de representação e as convencionais.
Afinal, senadores, deputados, vereadores, membros das esferas federal estadual e municipal e quem sistematicamente ganha com a proximidade a eles, enfim, o grupo de poder estabelecido, tendem a não gostar da ideia de ver outros atores ganharem influência, outros que não fazem parte do joguinho. Há gente que teme, com o monitoramento por parte do povo, ficar sem o instrumento clientelista de poder asfaltar uma determinada rua e não outra, empregar conhecidos e correligionários.
Durante décadas, brigamos para a implantação de instâncias de participação popular. E, agora, que elas começam a ser discutidos em determinados espaços, ainda que de forma tímida e por conta de intensa pressão social, as propostas correm o risco de serem congeladas por medidas em tramitação no Congresso e ações diretas de inconstitucionalidade.
E olha que nem estamos discutindo o vespeiro real. Pois, mesmo que tudo isso aproxime as pessoas da gestão de suas comunidades, os conselhos ainda são espaços de representatividade e não de participação direta.
Com o desenvolvimento de plataformas de construção e reconstrução da realidade na internet, as possibilidades de interação popular deram um salto.
Se tomarmos, por exemplo, as experiências de “democracia líquida'' envolvendo os Partidos Piratas na Europa – com seus sistemas que utilizam representantes eleitos pelo voto direto, mas também ferramentas possibilitando ao eleitor desse representante  ajudá-lo a construir propostas e posicionamentos de votação a partir do sofá de sua sala – percebemos que há um longo caminho a percorrer. Podemos chegar a um momento em que a representação política convencional se esvazie de sentido. Não é agora, nem com esse decreto. Mas, quem sabe, com um sociedade menos tacanha, no futuro…
Como já disse neste espaço, muitos desses jovens que foram às ruas em junho do ano passado, reivindicando participar ativamente da política não estavam pedindo a mudança do sistema proporcional para o distrital puro ou misto. Queriam mais formas de interferir diretamente nos rumos da ação política de sua cidade, estado ou país. Mas não da mesma forma que as gerações de seus pais e avós. Porque, naquela época, ninguém em sã consciência poderia supor que criaríamos outra camada de relacionamento social, que ignorasse distância e catalisasse processos. Pois, quando a pessoa está atuando através de uma rede social, não reporta simplesmente. Inventa, articula, muda. Vive.
Por isso, a molecada acha estranho quando alguém reclama com um “sai já da internet''. Como assim? – pensam eles. É como falar: “saiam já deste planeta''. Não dá, não é outra vida, é a mesma. Ele ou ela está lá, mas está aqui. Ao mesmo tempo. Os pais piram, mas é simples assim.
Então, para essa geração não é estranho que as plataformas digitais sejam usadas na discussão política, no debate de alternativas e, por que não, no processo de construção política e mesmo de eleição. Estranho é não usar essas ferramentas. Por que eu preciso ir até uma reunião com meu representante distrital, meu vereador, deputado, senador, se há maneiras mais fáceis, rápidas e interessantes que podem ser usadas na internet para isso? Por que fazer política tem que ser chato?
Não estou falando apenas das redes sociais convencionais. Mas há muita tecnologia  interessante sendo desenvolvida para esse fim que a maioria de nós desconhece (com exceção de quem está por dentro da cultura hacker, é claro) por falta de discussões sérias sobre o assunto.
Sei que não é possível adotar e universalizar processos digitais de participação direta imediatamente. Isso demanda algumas ações prévias. Por exemplo, reduzir o analfabetismo digital no Brasil, concentrado não na faixa de renda mais baixa, mas na faixa etária mais alta. Isso sem contar a ampliação da qualidade da educação formal e, mais importante que isso, da conscientização de que cada um é o protagonista de sua própria história.
Ou seja, plebiscitos, referendos, projetos de iniciativas populares, conselhos com representantes por tema ou distrito são os primeiros passos, não os últimos. Com a próxima geração, a política será radicalmente transformada pela mudança tecnológica. Participar do rumo das coisas a cada quatro anos não será mais suficiente. Pois, em verdade, nunca foi. Iremos participar em tempo real.
Por fim, aos líderes políticos, econômicos e sociais que gostam mais do cheiro da antiga naftalina do que de gente, vale um lembrete:

“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.'' Constituição Federal, artigo 1o, parágrafo único.
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/06/11/todo-poder-emana-do-povo-mas-nao-conte-para-o-povo-ok/

Aquela, em Itaquera, não era a torcida brasileira. Nem de longe

Leonardo Sakamoto

Quem está acostumado a ir em estádios em jogos da série A e B do campeonato brasileiro (sou palmeirense, não desisto nunca), em caneladas de campos de várzea com esquadras de brasileiros e bolivianos ou se lembra do saudoso Desafio ao Galo, estranha quando vê as arquibancadas praticamente monocromáticas da Copa do Mundo.
Por favor, não me leve a mal. Todos têm direito a se divertir.
Mas como temos mais brancos ricos do que negros ricos por aqui (fato totalmente aleatório uma vez que não somos racistas) era de se esperar que isso acontecesse. Ainda mais, considerando-se a facada que pode ser um ingresso diretamente com a Fifa ou via a sagrada instituição do camelô.
Ouvindo o rádio, o locutor cravou: “Olha que maravilha! É a família brasileira voltando para os estádios''. Na verdade, um tipo específico de família, a de comercial de margarina. Pois os jogos de Copa são um momento em que o tecido espaço-tempo se rasga e tudo ganha caras de universo paralelo – regado a muito dinheiro público e ação pesada para manter as “classes perigosas'' longe. Na dúvida, bomba nelas.
Particularmente acho que a consequência imediata mais nefasta da presença de uma torcida que não frequenta estádios regularmente é que ela não empurra o time como necessário.
“Leleô, leleô, lelêo'', “Brasil, Brasil, Brasil'' e “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amoooor!'' (#vergonhalheia) intercalados com grandes momentos de silêncio é algo estranho de se ver. Não estou defendendo que o estádio seja dividido entre a Mancha, a Gaviões e a Independente (essas, sim, capazes de empurrar qualquer coisa e que não param nunca – mas que vêm com a contrapartida de alguns dodóis que não sabem brincar sem bater). Apenas afirmando que aquela, no estádio, não era a “torcida brasileira''. Nem de longe! A torcida que, faça chuva ou faça sol, ganhando ou perdendo, está lá apoiando seu time, ao vivo, por mais medíocre que ele seja. Esse pessoal, que ajuda nosso futebol a ser o que é, mereceria estar melhor representado nas arquibancadas do Itaquerão.
Fico imaginando como seria se o preço fosse acessível e o acesso aos ingressos viesse pelas mais democrática das práticas: o sorteio de interessados cadastrados. Talvez mais gente que assistiu a partir do telão no Anhangabaú estivesse em Itaquera.
Pessoal que não tira selfie no trem, a caminho do jogo, e posta nas redes sociais pois já pega o mesmo trem todos os dias para ir ao trabalho.
Galera para a qual, esta quinta (12), não foi sua primeira, nem sua última vez na periferia da cidade.

Turma que trabalhou nas obras que tornaram o circo possível. Mas, agora, vão assistir tudo a uma distância considerada segura pelos donos da festa.
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/06/13/aquela-em-itaquera-nao-era-a-torcida-brasileira-nem-de-longe/ 

O problemão que Lula criou para Dilma

Juca Kfouri

Ao trazer a Copa do Mundo para o Brasil em 2007, num momento em que o país bombava e tudo dava certo, o ex-presidente Lula não calculou que sete anos depois as coisas poderiam estar diferentes.
Mais: não se ligou que Copas do Mundo não são para o povão, mas apenas para quem pode pagar caro por um ingresso nos novos estádios erguidos a peso de ouro para recebê-las.
Eis que a bomba explodiu no colo de sua sucessora, pouco familiarizada com a mal vista cartolagem do futebol.
Se Dilma Rousseff soube guardar profilática distância de Ricardo Teixeira e, agora, de José Maria Marin (ninguém o viu perto dela ontem) , nem por isso ela evitou a hostilidade da torcida endinheirada que esteve na Arena Corinthians.
Se em Brasília, na abertura da Copa das Confederações, a presidenta foi vaiada, em São Paulo foi xingada mesmo, com palavrões típicos de quem tem dinheiro, mas não tem um mínimo de educação, civilidade ou espírito democrático.
Ninguém precisava aplaudi-la e até mesmo uma nova vaia seria do jogo.
Mas os xingamentos raivosos foram típicos de quem não sabe conviver com a divergência, mesmo em relação a uma governante legitimamente eleita pelo povo brasileiro.
A elite branca tão bem definida pelo insuspeito ex-governador paulista Cláudio Lembo, mostrou ao mundo que é intolerante e mal agradecida a quem lhe proporciona uma Copa do Mundo no padrão Fifa.

Que os próximos governantes aprendam a lição.
http://blogdojuca.uol.com.br/2014/06/o-problemao-que-lula-criou-para-dilma/ 

Homens x Mulheres - Por que eles estão ficando para trás

por Karin Hueck

"Ela não queria que seus filhos crescessem achando que eram diferentes. Por isso, educou o menino e a menina da mesma maneira: vestiu-os com roupas iguais, deu bonecas para o filho e carrinhos para a filha. Certo dia ela entrou no quarto da menina de 3 anos e a flagrou brincando. No colo estava um caminhãozinho de brinquedo que a menina ninava de um lado para o outro dizendo: ‘Não chore, carrinho. Vai ficar tudo bem’." A história é de uma paciente de Louann Brizendine, neurobióloga de Harvard. E serve para deixar bem claro: sempre há alguma diferença entre os sexos. Infelizmente nem todas as distinções são tão óbvias quanto carrinhos e bonecas. A maioria delas envolve genética, comportamento e expectativas sociais - tudo misturado. Leia nas próximas páginas, separadamente, o que nos distingue - e por que também estamos ficando cada vez mais parecidos.
• Para cada 170 concepções de meninos, 100 meninas são geradas.

Homens
Vida de espermatozoide não é fácil. Primeiro, é curta: não passa dos 3 ou 4 dias. Depois, é cruel: um espermatozoide tem de disputar uma corrida com outros 280 milhões de concorrentes e atravessar útero e trompas de falópio, tudo para alcançar seu alvo - um óvulo grande e preguiçoso que espera apenas 24 horas por sua chegada. Se você está vivo hoje, é porque um desses espermatozoides vitoriosos lhe deu origem. E, se você é uma mulher, saiba que é mais vitoriosa ainda, porque é muito mais comum um óvulo ser fecundado por um espermatozoide masculino do que por um feminino: calcula-se que para cada 100 óvulos fertilizados por um espermatozoide com o cromossomo X, existam outros 170 fertilizados com o cromossomo Y. Ou seja, na concepção, para cada 100 mulheres geradas, 170 homens estão sendo desenvolvidos. Assim, logo de cara vão por água abaixo todas as esperanças de igualdade entre os sexos: desde o início a mãe natureza cuida de tratar cada gênero de maneira diferente. E esse é só o começo.

Se tantos homens a mais são fecundados todos os dias, por que o mundo não está lotado deles (aliás, para desespero das mulheres casadoiras, o censo brasileiro há décadas revela o fenômeno inverso)? A resposta cruel é: a maioria deles não chega a nascer. Muitos não passam da fase do zigoto. Tantos outros são eliminados naturalmente durante a gravidez: um aborto espontâneo tem probabilidade 30% maior de se tratar de um feto masculino do que de um feminino. Quando os bebês vêm à luz, a diferença já caiu: nascem cerca de 105 homens para cada 100 mulheres. E continua caindo fora do útero. Mesmo nos países desenvolvidos a mortalidade infantil é 22% maior para meninos e eles têm probabilidade 50% maior de desenvolver problemas respiratórios. A diferença é tão grande que os médicos costumam dizer que o maior fator de risco para bebês prematuros é seu gênero. Ou seja, os homens são o sexo frágil quando nascem - e a culpa é das mulheres.

Quando o feto masculino se desenvolve dentro do útero da mãe, faz sentido dizer que as mulheres são de Vênus e os homens são de Marte: é como se a mulher gerasse um alienígena dentro de si. O cromossomo Y do feto começa a produzir o antígeno H-Y, uma proteína que causa a rejeição de órgãos quando um tecido masculino é implantado no corpo feminino. O antígeno faz com que o sistema imunológico da mulher rejeite de leve o feto masculino. Isso torna o bebê mais frágil e mais suscetível à falta de alimentos ou infecções. Nessa disputa quem perde são os homens. A fragilidade masculina infantil dura muitos meses: nos primeiros anos, eles vão se desenvolver mais lentamente.


Meninos não ficam quietos
Vá até um jardim de infância e observe as crianças brincando. Com poucas exceções, o quadro que você verá serão grupos de três ou quatro meninas sentadas brincando em roda com grandes bandos de meninos correndo ao redor. Meninos simplesmente não conseguem ficar quietos. E isso tem a ver com o amadurecimento cerebral mais lento nos primeiros anos de vida. A questão aqui é o que os cientistas chamam de controle de inibição. Parar de pular de um lado para o outro ou a habilidade de seguir ordens exigem um lobo central desenvolvido, a parte do cérebro responsável pelos movimentos voluntários, pela atenção e pela memória. "A vantagem do controle de inibição das meninas é a maior diferença entre os sexos nas crianças dos 3 aos 13 anos", diz Lise Eliot, neurocientista da Universidade Rosalind Franklin, em seu livro Pink Brain, Blue Brain (Cérebro Rosa, Cérebro Azul; sem tradução no Brasil). Essa diferença é crítica porque abrange boa parte da vida escolar. E o colégio exige dos alunos exatamente aquilo que os meninos mais têm dificuldade de fazer: sentar quietos, concentrar-se. Há estudos que mostram que os meninos têm até mais dificuldade em aprender a levantar a mão antes de falar na sala de aula. Não é à toa que há anos as meninas vão melhor na escola, inclusive em matemática, uma matéria na qual homens supostamente têm uma vantagem inata.

Mas não é só na escola que os meninos ficam para trás. Quando chegam à universidade, a desvantagem é clara. No Brasil, 55% das pessoas que entram na faculdade e 59% das que a terminam são mulheres. Seja porque eles começam a trabalhar mais cedo, seja por falta de interesse, 40% mais homens largam os estudos em todos os níveis. A situação é tão preocupante que nos EUA já estão aceitando até a possibilidade de cotas para homens em universidades. Tudo começou em 2006, quando Jennifer Britz, responsável pela seleção de alunos do Kenyon College, em Ohio, escreveu um artigo para o jornal The New York Times. No texto, ela admitia que aprovava constantemente garotos menos qualificados para garantir que ao menos 40% dos alunos no campus sejam homens. As mulheres, dizia ela, tinham de ter fichas de inscrição muito mais impressionantes para ser admitidas. (Ironicamente, a própria filha de Jennifer, uma aluna aplicada e qualificada, acabou rejeitada por uma universidade de elite.) Olhando para esses dados, fica difícil não perguntar: o que está acontecendo com esses homens?

Eles estão perdidos. Pelo menos é o que acredita um dos mais respeitados psicólogos do mundo, Philip Zimbardo, da Universidade Stanford, que desde a década de 1950 estuda a relação das pessoas com a maldade, a timidez, o tempo, a loucura, a persuasão e, ufa, o papel dos gêneros. "Os homens estão ferrando a sociedade, e não de um jeito bom", diz ele. "Eles estão abandonando os estudos, preferem a companhia de outros homens, não conseguem manter relacionamentos estáveis e vivem em mundos alternativos, como os videogames e os filmes pornô." De fato, quando chega aos 21 anos, o jovem médio já passou 10 mil horas de sua vida jogando videogame, de acordo com um estudo feito pela especialista Jane McGonigal. E assiste a cerca de 50 vídeos pornográficos por semana. Para Zimbardo, eles precisam fugir da realidade para encontrar estímulos e se afastam da vida em sociedade. O resultado? Homens que não sabem levar uma vida adulta e que deixam as mulheres assumir o papel de provedoras e líderes. Isso pode também explicar por que, em 2010, as mulheres viraram maioria na força de trabalho americana. Mas não explica por que são eles que chegam às chefias. Ou por que elas continuam ganhando apenas 75% do salário deles para fazer o mesmo trabalho. Para entender esse fenômeno, temos de voltar ao jardim de infância.


Meninos não ficam quietos (2)
Voltemos à mesma cena de crianças brincando. Pequenos grupos de meninas sentadas cercadas por bandos de meninos correndo ao redor. A professora chama para voltar à sala de aula. As meninas juntam suas coisas e entram. Os meninos continuam correndo. A professora os chama de novo. Apenas na terceira vez, porque os meninos não têm controle de inibição, eles obedecem. Essa cena fictícia, um pouco caricatural, mostra uma característica importante que os meninos aprendem cedo: desafiar a autoridade. O mesmo estudo que mostrou que eles têm mais dificuldade de levantar a mão antes de falar em sala de aula concluiu também que eles não precisam levantar a mão para ser ouvidos. As professoras permitem que os meninos as interrompam mais. De fato, uma pesquisa do Centro Psicobiológico de Pittsburgh mediu os níveis de cortisol (o hormônio liberado em situações de estresse) no sangue de crianças entre 7 e 16 anos e concluiu: eles se estressam muito mais com autoridade do que elas.

O mesmo vale para desafios e como os meninos aprendem a lidar com eles. Um estudo feito com bebês de 11 meses mostra como os pais tratam de maneiras diferentes filhos e filhas. Nesse experimento, os bebês tinham de descer uma rampa inclinada engatinhando. Menininhos e menininhas conseguiram descê-la sem diferenças. Mas, quando o grau de inclinação da rampa era definido pelas mães, elas sempre expunham os filhos a inclinações maiores e poupavam as filhas, como se assumissem que elas não completariam o trajeto. Ou seja, a ideia de que mulheres são frágeis e homens são audaciosos pode ser apresentada aos meninos pelas próprias mães. Mas essa, claro, não é a única diferença. Para entender o que separa os sexos é preciso olhar as mulheres de perto também. Por isso, leia agora o lado feminino desta reportagem.


Mulheres
Você já foi mulher um dia. Mesmo que você seja homem, até a oitava semana de gestação não havia como diferenciá-lo da Lady Gaga ou da Regina Casé. Até esse período todos os fetos são idênticos. É apenas nesse estágio do desenvolvimento embrionário que a distinção dos sexos começa, graças a um gene chamado SRY, que fica no cromossomo Y. É ele o responsável pela produção de testosterona ainda dentro do útero - e, por consequência, é ele o responsável pelo que você carrega hoje no meio das pernas. Sim, porque, se não houver testosterona circulando no feto, mesmo que seja do sexo masculino, ele vai se desenvolver como mulher. É o que acontece com os portadores da síndrome de insensibilidade a andrógenos. Eles têm cara, corpo e comportamento de mulher, mas carregam o cromossomo Y. Muitas vezes passam a vida sem saber que são geneticamente homens, até a puberdade chegar e a menstruação não dar as caras. (A síndrome rendeu um caso no seriado House: segunda temporada, 13º episódio.) Mas vamos supor que você seja uma mulher, com o cromossomo X no lugar certo e tudo: por que um fato simples, como a exposição de testosterona durante a gravidez determina que a sua vida - e o seu papel social - seja tão diferente da dos homens?

Durante a infância, as diferenças entre meninos e meninas são mínimas (a mais importante delas está no texto ao lado). Mas já dá para reconhecer aquelas características que durante tanto tempo foram responsabilizadas pelas diferenças intelectuais entre os gêneros. Meninas falam mais cedo - e usam mais palavras para se comunicar, já a partir do primeiro ano de idade. Também conversam com frases mais complexas ("Me dá boneca", em vez de só "Bola"), o que rendeu a elas a fama de matracas - injustamente, como veremos. Meninos, por sua vez, mostram desde cedo uma facilidade com questões espaciais, aquelas que exigem rotações mentais de objetos. Essa habilidade, aliás, é a que deu fundamento à teoria de que homens são melhores em matemática do que mulheres. (Em 2005, até mesmo o reitor de Harvard insinuou isso - o que acabou provocando sua saída do cargo.) E foi usada para explicar por que homens e mulheres escolhem carreiras diferentes para trabalhar: eles vão para a engenharia, elas vão para a psicologia, como se fossem geneticamente predestinados para isso. O problema aqui não está na dificuldade com números (que, aliás, as mulheres não têm: resolver problemas espaciais jamais foi correlacionado à facilidade para estudar matemática). Está nas consequências da escolha da profissão.


Meninas não pedem
Em 2003, um estudo realizado pela fundação americana Gallop perguntou que carreiras eram as mais desejadas entre adolescentes. Para os garotos, profissões relacionadas à computação estavam em primeiro lugar, seguidas das engenharias. Para as meninas, não apareciam nem entre o top 10 - elas queriam artes cênicas, música e educação. E eis o problema: computação e engenharia são as áreas que pagarão os melhores salários nos próximos anos. Já as mulheres preferem profissões que historicamente pagam mal. E assim se explica, em parte, por que as mulheres continuam ganhando menos - elas gostam de carreiras que pagam menos. Mas há outros fatores.

Linda Babcock é uma professora de economia na Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, que inclusive já foi tema de reportagem aqui na SUPER. Um dia ela reparou em uma diferença alarmante entre seus alunos: todos seus doutorandos do sexo masculino já estavam lecionando, enquanto as mulheres não passavam do cargo de professoras assistentes. Intrigada, ela foi investigar o motivo da discriminação. E descobriu: todos os homens haviam pedido a oportunidade de dar aulas - mas nenhuma mulher havia feito o mesmo. Assim, ela observou um traço de personalidade comum entre homens: a iniciativa de dar a cara a bater. Babcock conduziu uma pesquisa comparando os salários de recém-formados. Em média, os homens recebiam 7,6% a mais. A maior diferença, no entanto, estava na maneira como foram contratados: 57% dos homens tinham negociado o valor do salário que receberiam (mas apenas 7% das mulheres fizeram o mesmo). Ou seja, tinham tido coragem de pedir mais dinheiro antes de começar a trabalhar. "As mulheres têm uma abordagem mais colaborativa do que a dos homens. Infelizmente essa estratégia costuma ser mal interpretada e dá a elas um ar de fraqueza porque elas não pedem o que querem e ficam quietas", diz Babcock. Isso tem consequências surpreendentes: por exemplo, em grupos mistos de homens e mulheres, são eles que falam mais. Pois é, em 56 estudos que analisaram o número de palavras ditas em conversas informais, os homens falaram mais em 24 deles - as mulheres só ganharam em dois casos. (Milhares de mulheres respiram aliviadas neste momento.) A fala, como tantas outras coisas, é definida pelo status social - e o dos homens continua mais alto.

A vontade de encarar desafios também é mais acentuada entre homens. John List, economista da Universidade de Chicago, organizou um estudo no qual anunciou a oferta de duas vagas de emprego: um com salário fixo e predeterminado, outro com um salário fixo mais baixo, mas com a possibilidade de ganhar um bom bônus caso o desempenho fosse melhor que o dos outros contratados. Para a primeira vaga, 80% dos candidatos que apareceram eram mulheres. Para a segunda, havia 55% mais homens concorrendo ao emprego. Ou seja, quando a descrição do trabalho envolvia competição direta com outros funcionários, as mulheres acharam melhor se abster. A escolha foi delas. Isso torna os homens mais competentes? Não, apenas garante que eles não fujam da possibilidade de ganhar mais dinheiro.


Por que meninas não pedem
Mas todos esses estudos ignoram um aspecto importante: as pessoas não esperam que mulheres sejam agressivas e competitivas. Outras pesquisas mostram que, quando elas são gananciosas e começam a subir de cargo, as pessoas deixam de gostar delas. Para um homem, o fato de ser bem-sucedido o torna um cara bacana e admirável. Para uma mulher, basta ela virar chefe para que as pessoas comecem a enxergá-la com desconfiança. "Sucesso e admiração caminham juntos nos homens, mas não nas mulheres. Todas nós sabemos que isso é verdade", disse Sheryl Sandberg, COO (chefe de operações) do Facebook, em uma apresentação no fórum de tendências TED. E esse é apenas um dos contratempos que as mulheres bem-sucedidas encontram na carreira. Há piores.

Em 1996, Ben Barres, neurobiólogo da Universidade Stanford, deu uma palestra sobre células nervosas para uma plateia de cientistas. A apresentação foi um sucesso: Ben foi aplaudido e ainda ouviu elogios: "Seu trabalho é muito melhor do que o da sua irmã". Só havia um problema: o cientista não tem irmã - a pessoa a que ele foi comparado era Barbara Barres, o próprio Ben antes de passar por uma mudança de sexo. Assim, Ben constatou as diferenças de expectativa que os gêneros enfrentam. Quando ele era ela, tinha de provar sua capacidade com mais frequência do que depois que virou homem. Um estudo feito na Universidade de Chicago com transexuais revelou numericamente essa diferença. Homens que viram mulheres recebem um salário 32% menor do que antes da troca de sexo. Já mulheres que viram homens ganham um aumento de 1,5%.

Assim, é compreensível que homens e mulheres ainda não tenham alcançado a igualdade. É até admirável o avanço que as mulheres tiveram em poucas décadas. Embora 97% dos CEOs ainda sejam homens, elas já ocupam cerca de 40% dos cargos de gerência. Se eles nascem com desvantagens físicas e terminam a faculdade em menor número, é um sinal claro de que esse número deve aumentar. O que ainda sustenta os homens é seu comportamento - mais agressivo e competitivo. Se, como os estudos indicam, eles também estiverem perdendo isso, a balança deve se equilibrar em breve.

http://super.abril.com.br/cotidiano/homens-x-mulheres-eles-estao-ficando-632124.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super

Xingar Dilma Roussef foi grosseria indesculpável

Josias de Souza

Quando Ronaldo disse estar “envergonhado” com os desacertos da organização da Copa, Dilma Rousseff reagiu à moda de Nelson Rodrigues: “Tenho certeza que nosso país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da nossa capacidade, tenho certeza do que fizemos. Tenho orgulho das nossas realizações. Não temos por que nos envergonhar. Não temos complexo de vira-latas.”
Nesta quinta-feira, Dilma submeteu seu orgulho a teste na tribuna de honra do Itaquerão. Dali, assistiu à partida inaugural da Copa do Mundo. Dessa vez, tentou blindar-se no silêncio. Absteve-se de discursar. Não funcionou. Como queria a presidente, a torcida exorcizou o vira-latismo. Mas, desamarrando suas inibições, incorporou um pitbull.
Ao entoar o hino nacional, ao ovacionar os jogadores, a arquibancada tomou-se de um patriotismo inatural. Contudo, rosnou com agressividade inaudita ao dirigir-se a Dilma. Fez isso uma, duas, três, quatro vezes. Diferentemente do envelope de uma carta ou do e-mail, a vaia não tem nome e endereço. Pode soar inespecífica. Como no instante em que o serviço de som anunciou os nomes de Dilma e de Joseph Blatter.
Até aí, poder-se-ia alegar que o destinatário da hostilidade era o cacique da Fifa, não Dilma. A coreografia estimulava a versão. Blatter levantou-se. Dilma manteve-se sentada. O diabo é que o torcedor, salivando de raiva, tratou de dar nome aos bois. Foi assim no coro entoado nas pegadas da cerimônia de abertura da Copa.
“Ei, Dilma, vai tomar no c…'', rosnava um pedaço da multidão. “Ei, Fifa, vai tomar no c…”, gania outra ala. Quando Dilma foi exibida no telão do estádio vibrando com o segundo gol do Brasil, arrostou, solitariamente, uma segunda onda de xingamentos. Após a comemoração do terceiro gol, ela ouviu um derradeiro urro: ‘Ei, Dilma, etc…”
O que fizeram com Dilma Rousseff no Itaquerão foi indesculpável. Vamos e venhamos: ela não era nem culpada de estar ali. Com as vaias da Copa das Confederações ainda não cicatrizadas, Dilma teria ficado no Palácio da Alvorada se pudesse. Foi ao alçapão do Corinthians porque o protocolo a escalou.
Vaiar autoridade em estádio é parte do espetáculo. Numa arena futebolística, dizia o mesmo Nelson Rodrigues, vaia-se até minuto de silêncio. Porém, ao evoluir do apupo para o palavrão, a classe média presente ao Itaquerão exorbitou. Mais do que uma pose momentânea, o presidente da República é uma faixa. Xingá-la significa ofender a instituição.
Quando o xingamento é transmitido em rede mundial, adquire uma pungência hedionda. No limite, o que a torcida fez na tarde desta quinta-feira foi informar ao planeta que o Brasil está deixando de ter uma noção qualquer de civilidade.
Quando o fenômeno atinge uma platéia como a do Itaquerão, com grana para pagar os ingressos escorchantes da Fifa, a deterioração roça as fronteiras do paroxismo. Evaporam-se os últimos vestígios de institucionalidade.
A sociedade tem os seus abismos, que convém não mexer nem açular. Dilma não se deu conta disso. E vive a cutucar os demônios que o brasileiro traz enterrados na alma. Fez isso pela penúltima vez no pronunciamento levado ao ar na noite da véspera. Muita gente achava que ela merecia uma reprimenda sonora. Mas a humilhação do xingamento transpassou a figura da presidente, atingindo a própria Presidência.

Quem deseja impor a Dilma um castigo que vá além da vaia, tem à disposição um instrumento bem mais eficaz do que a língua. Basta acionar, no silêncio solitário da cabine de votação, o dedo indicador. O gesto é simples. Mas a pata de um pitbull não é capaz de executá-lo.
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2014/06/13/xingar-dilma-roussef-foi-grosseria-indesculpavel/ 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Corações em fuga

IVAN MARTINS
11/06/2014 07h58

Certas pessoas simplesmente não conseguem se relacionar de forma duradoura. São corações eternamente em fuga. Como a moça de quem me falaram outro dia: aos 30 e poucos anos, depois de uma dezena de relacionamentos pueris, anunciou aos amigos que estava decidida a sossegar, casar e ter filhos. Logo em seguida, ela se apaixonou perdidamente... por um cara casado e pai de dois filhos pequenos. Seus planos de iniciar um relacionamento maduro, estável e tranquilo foram adiados, mais uma vez.

Essa moça, assim com tantas outras e tantos outros, vive um conflito permanente entre aquilo que gostaria de fazer e aquilo que realmente faz. Ou, posto de outra forma, entre aquilo que ela é e aquilo que gostaria de ser. Cada vez que tem a chance de construir a relação duradoura que diz desejar, ela inventa algo mais importante para fazer, em geral uma paixão inesperada e impossível. A situação não a deixa infeliz, mas faz com que viva com culpa: o que há de errado com ela que não consegue fazer como todo mundo?

Talvez não haja nada errado.
É fácil fazer planos bonitos que combinam com aquilo que a sociedade, a família e os amigos esperam de nós. Aquilo que nós mesmos esperamos, na verdade. Mas, na hora de transformar os planos em realidade, muitas vezes não funciona. Pode ser medo e autosabotagem, mas pode ser, também, que esses projetos colidam com a nossa verdadeira natureza. Nem todo mundo foi feito para viver em família. Nem todos nasceram para voltar aos mesmos braços todas as noites. Ou, pelo menos, nem todo mundo está pronto para isso, ainda. Se fosse diferente, estaríamos todos, sem exceção, nos preparando para celebrar amanhã, como casal, o Dia dos Namorados. Mas esse não é o caso para milhões.

Se abandonarmos as críticas moralistas ou ingênuas ao comportamento dos outros, seremos forçados a admitir que um mesmo conflito habite cada um de nós. De um lado, está o desejo de arrumar uma alma-espelho que seja o nosso par inseparável, capaz de resolver nossas carências e alimentar nossa libido. Nosso grande e imorrível amor. De outro, a sensação de que a vida é curta e deveria ser aproveitada em total liberdade, com o maior número de parceiros e de aventuras possível.

A maioria decide pela estabilidade sem pensar muito, e vive as contradições inevitáveis. Outros, um grupo pequeno, resolve que vai ficar avulso. E um bom número oscila entre uma coisa e outra, como a moça que abre esta coluna. Vivem de um jeito, mas sentem que a virtude está no outro. Eles não conseguem se decidir e nem se aquietar. Às vezes forçam a barra para se integrar à maioria, mas logo retornam ao seu estilo natural de viver e de sentir. Outras vezes, fazem, sem refletir, coisas que parecem pensadas de propósito para causar decepção e afastamento em quem tenta se aproximar. Estabilidade afetiva não se improvisa e nem se finge, embora se alcance.

Tenho visto gente que depois de anos batendo cabeça encontrou um romance duradouro, desses que permite alugar uma casa e partilhar o plano de saúde. Ter filhos também. Quero pensar que estão felizes. A vida, afinal, não vem pronta e simples para todos. Às vezes é preciso andar muito e testar bastante antes de chegar a um lugar - ou a uma pessoa - que nos faça sentir em casa. O tempo nos muda, as circunstâncias nos moldam. Tornamos-nos melhores na arte de viver e partilhar - e isso permite encontros que antes seriam impossíveis. Grandes encontros.

Dito isso, acho que e preciso evitar julgamentos.

Não existe uma única forma aceitável de viver. Muita gente escolherá ficar avulsa, e ponto. Outros oscilarão permanentemente entre o singular e o plural: pelo gosto da aventura, pela incompatibilidade com a estabilidade, até pela incapacidade de renunciar, definitivamente, ao sonho de Cinderela e Príncipe Encantado. Não há problema nisso. O amor, esse que nos motiva, esse que nos atormenta também, cuja ausência nos enche de culpa e frustração, não existe de uma única maneira. Cada um de nós tem o direito de inventá-lo de acordo com a sua personalidade e seu desejo. Ou reinventá-lo, seguidamente, com outras pessoas e em outras circunstâncias, toda vez que isso for necessário. Ou, mais exatamente, toda vez que se tornar inevitável seguir em frente.

Ivan Martins escreve às quartas-feiras.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2014/06/coracoes-em-bfugab.html

terça-feira, 10 de junho de 2014

Brasil entrará com US$ 28 bi para criar Banco dos BRICS

Lisandra Paraguassu | Agência Estado

O Brasil vai se comprometer com US$ 28 bilhões na formação do Banco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e na criação do Arranjo Contingente de Reservas (ACR). As instituições, planejadas pelo bloco, têm como objetivo ocupar parcialmente o espaço hoje do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
As duas instituições, negociadas desde 2012, começarão a sair do papel no próximo mês, na 6ª reunião de Cúpula do bloco, em Fortaleza. O banco terá capital inicial de US$ 10 bilhões, com cotas iguais para cada um dos cinco países, e a garantia de US$ 8 bilhões a serem aportados apenas em caso de necessidade.
Os outros US$ 18 bilhões serão a reserva brasileira para o ACR, que terá o mesmo aporte de Rússia e Índia, além de US$ 5 bilhões da África do Sul e US$ 41 bilhões da China, o sócio mais rico, em um valor total que chega a US$ 100 bilhões.
A reunião de Fortaleza é a primeira de um novo ciclo dos BRICS, cuja primeira reunião formal aconteceu em 2009, em Ecaterimburgo, na Rússia. O banco e o ACR são os primeiros resultados concretos de um bloco que surgiu para tentar ser uma alternativa à dominação dos países desenvolvidos das chamadas instituições de Bretton Woods, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional.
"A criação dessas instituições é uma forte mensagem da disposição dos países membros em aprofundar e consolidar parcerias econômicas e financeiras", afirmou o embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário-geral Político II do Itamaraty. "São instituições espelho, na medida em que obedecem as mesmas regras, as mesmas inspirações, mas não têm intenção de competir".
Não há dúvida, no entanto, que o banco de desenvolvimento dos BRICS - que ainda não tem um nome formal - pretende servir de alternativa ao Banco Mundial. O secretário-adjunto da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Fazenda, Fernando Pimentel, explica que a formação do banco poderá ir além dos sócios originais. A intenção é abrir a participação a países fora do bloco. "Inclusive países desenvolvidos. O formato ainda será discutido", afirmou.
Graça Lima deixa claro que o banco poderá financiar obras de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países que têm dificuldades de obter recursos nas instituições tradicionais. Não está definido, no entanto, se o banco poderá financiar obras em países que não participam do banco ou apenas em cotistas. "A ideia do banco é suprir uma necessidade, cada vez mais evidente, que é financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável não só nos BRICS, mas em países fora, como por exemplo os africanos, que têm essa necessidade e podem encontrar dificuldades obtenção de recursos", afirmou.
Já o ACR, ideia brasileira, será reservado, em princípio, para os cinco membros do bloco - que não deve crescer a curto prazo. A intenção é ter uma forma de garantir a segurança financeira dos cinco países, que poderão pegar empréstimos de curto prazo em caso de problemas nas suas balanças de pagamento. Uma espécie de FMI com poucos sócios e mais amigável. "É para ser usado em emergências. Não se espera que seja aplicado tão cedo", disse Pimentel. Um conselho de governança e um conselho técnico terá que analisar cada pedido antes de liberar os recursos, que virão das reservas dos próprios países.
http://atarde.uol.com.br/economia/noticias/1597948-brasil-entrara-com-us-28-bi-para-criar-banco-dos-brics

World Cup: Bend it like a Brasileiro

 | Jun 9, 2014, 07.04 PM IST

Countries and cliches go hand in hand. In the eyes of the world, Brazil means football and samba. Even in the remotest 'corners of the world, they know about Selecao, the Brazilian team, and their "jogo bonito" (beautiful game). But Brazil is about much more than World Cups and Carnival. Neymar and Gisele Bundchen may be the bestknown Brazilian faces, but it's not just the land of tricky legs, pretty faces and drug gangs. It's one of the few countries in the world that manufactures passenger jets. Take a look at what makes Brazil a unique country, beyond stereotypes and myths: 

BIG COUNTRY, BIG NUMBERS 

It's the fifth biggest country in the world (almost three times the size of India) with the fifth biggest population (200 million) and four time zones. It's the world's seventh economy (bigger than Russia and India). Home of the world's largest ecosystem (the Amazon), it has almost 20% of the world's fresh water. It's the world's largest Catholic country. Brazil is also known as the social media capital of the world as 97% of internet users are on social media platforms (in the US, it's 67%). It's one of the most urbanized countries in the world (85%). Sao Paulo, the financial capital, is a metropolis of 21 million people, making it the biggest city in South America and the entire southern hemisphere. But it also has one of the highest gun-related deaths (36,000 in 2012). 

MELTING POT 

Nobody gets a second glance here because of their skin colour or shape of eyes. Since 1500, when the Portuguese landed here, so much mixing between races has happened here that anyone on this planet can pass off as a Brazilian. When the Europeans arrived here, it was a land of indigenous tribes like the Tupi Guarani who lived by picking fruits from trees. They were subdued by brute force and disease. Then the African slaves were brought in. As the Portuguese mostly came without their women, they mixed with the indigenous and black people. Today, it has the largest black population outside Africa (40%). A little more than 50% are whites, many of them descendants of Italian and Spanish immigrants who came here in the late 19th or early 20th century. The immigration has continued. Today, Brazil has more Lebanese people than Lebanon. The biggest Japanese diaspora in the world is in Brazil. Despite such diversity, there's no visible racism. The Brazilians proudly call their country a "racial democracy". 

MONEY MATTERS 

Even First World visitors are shocked by prices in this country. A cup of coffee in a trendy cafe may cost as much as $5 or more. As it ranks with UK and France in the list of world's biggest economies, prices in cities like Sao Paulo compete with London and Paris. The Brazilian currency Real is one of the strongest in the world (US$1 = 2.2 reals). What makes Brazil a vibrant economy is not its purchasing power parity, but the fact that between 2003 and 2013, more than 45 million people were pulled out of poverty and joined the middle class. Another 13 million will do the same in 2014, making it a poverty-free country. Today, it's officially a middle-class country, though it still remains one of the most unequal societies in terms of income and wealth. 

DISHY STUFF 

Though the cuisine varies from state to state, rice and beans is the staple diet. Feijoada is the national dish. Developed by the slaves, it is a stew of pork, smoked ribs and beef jerky cooked slowly with black beans and garlic. At the weekend lunch, it's a national ritual for families to have rice with feijoada with farofa (roasted manioc flour with onions and bits of bacon). They say the best feijoada is made in small joints in the favelas (slums). When it comes to drinks, beer is the national beverage. Cachaca (white rum made of sugarcane) comes a close second. Whisky is the preserve of the upper crust. But coffee cuts across the classes. The Brazilians are such consummate drinkers of coffee that the term for breakfast is cafe da manha (the morning coffee). The Brazilians always have time for a cafezinho (a single shot of coffee). A cup of good tea is hard to come by. 

NOT JUST SAMBA 

The world may believe that every Brazilian is a born samba dancer, but their choice of music rather depends on where they come from. Samba, with its roots in African music, thrives in the slums and poorer areas. One can see the best samba during the Carnival parade, which is completely managed by the slum resident. In the upscale beachside neighbourhoods, people are more likely to listen to Bossa Nova, a fusion of jazz with slower samba beats. For the masses, Brazilian Popular Music or MPB that mixes a variety of Brazilian rhythms is the main source of entertainment. And then there is something called Funk Carioca, which originated in the favelas of Rio in the 1980s. It's a mixture of hip-hop, rap, samba and electronic music, with explicit lyrics and sexual dance moves. 

ROMANCE IN RIO 

Those who have watched Blame it on Rio too many times hope to find love on Brazil's lovely beaches as soon as they land there. It's not that easy. Dating and loving is serious business in this country, where there is a strong sense of family and even the extended family is important. Most children live with their parents until they get married. But despite this closeness, the families are not as intrusive as they can be in countries like India. The source of tension in families is not the saas-bahu relationship but the relationship between married men and their mothers-in-law. 

JEITINHO, BRAZILIAN JUGAAD 

Jeitinho is basically an alternative way of doing something or making do when something is not available. But, like jugaad, it's also used to get a seat when all the places are booked or travelling with more luggage than is allowed, or successfully ordering something that is not on restaurant menu. Even in legal matters, if a Brazilian wants something that is not permitted, he or she will try to figure out a loophole. 

How to be a Brasileiro 

Being Brazilian is an art form. But for Indians, it's not too difficult as we share many social and personal traits. A few light-hearted tips on what to do to fit in: 

You should know how to go the beach during office hours, knock off a beer and come back to work without your boss noticing it. Be careful that you don't bump into your boss at the beachside bar 

You should be able to carry off a tee, shorts and havaianas at official meetings 

You're crazy if you arrive for an appointment in time. And don't worry about excuses; since the others will probably arrive later than you Learn to say "yes" when you actually mean "no" 

Have long conversations on the phone, even if it's a wrong number. Also sign off your phone conversation with abraco (hugs) and beijos (kisses) 

Be updated about the match results when you get into a cab because the taxista (cabbie) will discuss the jogo (game). Otherwise, be ready for a lecture on the state of the nation as long as the ride lasts

http://timesofindia.indiatimes.com/sports/football/fifa-world-cup-2014/top-stories/World-Cup-Bend-it-like-a-Brasileiro/articleshow/36307021.cms