sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Sotaque forte pode ser barreira para estrangeiros

Por De São Paulo
Bom desempenho pode não ser suficiente para garantir o sucesso profissional quando se está em outro país falando uma segunda língua. Um estudo mostra que, apesar de o mercado de trabalho estar cada vez mais globalizado, falar com sotaque forte pode diminuir as chances de profissionais serem indicados a cargos de liderança - e de empreendedores conseguirem financiamento para novos negócios.
Segundo a pesquisa, realizada por professores americanos, essa percepção existe porque os avaliadores julgam que o executivo em questão, mesmo falando o segundo idioma de forma fluente e gramaticalmente perfeita, tem menos habilidade política do que outros que têm o inglês como língua materna.
Laura Huang, da escola de negócios Wharton, e uma das responsáveis pelo estudo, afirma que essa barreira enfrentada por estrangeiros vai na contramão da ideia, amplamente difundida pelas empresas atualmente, de que um ambiente de trabalho mais diverso é essencial para gerar inovação. "Ouvimos muito sobre estarmos em um mercado de trabalho globalizado e sobre as vantagens disso, mas esses esforços acabam frustrados quando as pessoas se deixam levar por esse tipo de preconceito."
Apesar de a pesquisa ter sido feita nos Estados Unidos, Laura considera que esse tipo de mecanismo esteja presente em outros idiomas e países. "Há uma tendência a valorizar mais sotaques padronizados. Em países onde há uma hierarquia mais forte e a distância entre o poder e o resto da sociedade é grande, isso pode aparecer ainda mais", explica. O estudo foi conduzido por Laura junto com Marcia Frideger, da Universidade Holy Names, e Jone Pearce, professor que atua na Universidade da Califórnia em Irvine e na London School of Economics and Political Science.
Em um dos experimentos, recrutadores analisaram o currículo e ouviram uma gravação com trechos de entrevistas de profissionais com idade e perfil similares, mas sotaques distintos. Apesar de as gravações seguirem o mesmo roteiro, aqueles que apresentaram sotaque estrangeiro forte foram menos recomendados. Em um segundo estudo, participantes avaliaram vídeos de 90 apresentações de empreendedores em competições de startups de tecnologia e escolheram os que mais tinham chance de receber investimentos. Aqueles que tinham sotaques fortes também acabaram preteridos.
Apesar do engajamento de empresas do Vale do Silício em influenciar a aprovação de reformas que facilitem a regulamentação de profissionais e empreendedores estrangeiros, Laura diz que percebe esse tipo de comportamento contra profissionais com sotaque forte também nesse meio. "Mesmo em um ambiente de alta tecnologia e inovação, onde as habilidades tecnológicas deveriam ser mais importantes do que percepções de sotaque, vemos esse tipo de preconceito", explica a professora.
Recentemente, o americano Paul Graham, cofundador da Y Combinator - responsável por investir em empresas como a plataforma de armazenamento de arquivos em nuvem Dropbox e o site de aluguel de quartos Airbnb -, admitiu em uma entrevista à revista "Inc" que uma das razões que o fazem desistir de investir em uma startup é o fundador ter um sotaque estrangeiro forte. "Não tenho certeza do motivo. Talvez haja uma série de coisas sutis que empreendedores precisam comunicar, e você não consegue fazer isso se tiver muito sotaque. Ou talvez porque qualquer pessoa com meio cérebro sabe que você será mais bem-sucedido se falar inglês com expressões idiomáticas. Se a pessoa ainda não se livrou de um sotaque forte, ela não deve ter noção de nada".
Após sua opinião ter gerado duras críticas, ele respondeu que seus comentários eram direcionados não a quem possui sotaque estrangeiro forte, mas a pessoas que têm dificuldade em se fazer entender no segundo idioma.
Para a professora, o fato de o processo de recrutamento para cargos executivos geralmente começar com conversas por telefone e de empreendedores precisarem expor suas ideias em apresentações curtas torna a linguagem usada um aspecto proeminente da avaliação desses profissionais - o que pode fazer com que esse tipo de preconceito tenha um papel forte na decisão de contratar ou investir. "Há uma mudança de foco da qualidade das ideias para a qualidade do seu inglês falado."
Dessa forma, segundo Laura, estar ciente desse tipo de julgamento é o primeiro passo para recrutadores e investidores não se deixarem levar por essa percepção. No caso dos candidatos e empreendedores, a professora recomenda que eles destaquem, ao se apresentarem, situações que demonstrem suas habilidades políticas, para que os avaliadores tenham outras formas de julgá-las. (LA)


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MJ: É fato!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A última foto

Histórias e relatos da boate Kiss

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Homem assiste mais novela do que futebol; jornalismo perde força

Por DANIEL CASTRO, em 28/01/2014 · Atualizado às 05h00

Novela é coisa de mulher, certo? Errado. É coisa de homem também. Ranking do Ibope, obtido com exclusividade pelo Notícias da TV, mostra que o gênero mais visto por homens na televisão aberta, em todo o país, são as telenovelas. O futebol aparece em segundo lugar, seguido por minisséries, filmes e humorísticos (veja quadro abaixo).

A audiência das telenovelas entre mulheres, no entanto, é quase o dobro do que entre homens. Minisséries e filmes também têm grande aceitação pelo público feminino, E, curiosamente, as mulheres dão mais audiência ao futebol do que aos reality shows.

As novelas são os programas mais vistos por todos os segmentos de sexo e faixas etárias. Entre as crianças, têm mais do que o dobro da audiência dos programas infantis. Escassa nas grandes redes abertas, a programação infantil é apenas a quinta na preferência das pessoas com 4 a 17 anos, de acordo com o Ibope.

O ranking do Ibope expõe uma dura realidade: televisão é entretenimento, e ponto. Os programas jornalísticos não aparecem em nenhum top five. Nem mesmo entre as pessoas com mais de 50 anos, grandes consumidoras dos gêneros de saúde e de auditório.

O ranking foi feito com base na audiência média de todos os programas de cada gênero e/ou formato nas cinco redes abertas, mais a Record News. Isso, em parte, explica o fato de as novelas serem mais vistas por homens do que o futebol: há muito mais novela do que bola rolando na televisão.

Veja o ranking do Ibope e, a seguir, depoimentos de três homens que não trocam um bom dramalhão por um jogo de futebol.

"Diga 33" – o estetoscópio está prestes a se aposentar

REDAÇÃO ÉPOCA
24/01/2014 10h45 - Atualizado em 24/01/2014 10h50

Você já deve ter tido a desagradável experiência de, em um dia de frio e febre, ter de suportar o toque gelado de um estetoscópio contra o peito. Esses dias, para a alegria de muitos, podem estar perto do fim.

>>As lentes inteligentes que podem mudar a vida dos diabéticos

Depois de adornar o pescoço de médicos  desde o começo do século XIX, os estestoscópios estão prestes a se aposentar. A previsão foi feita pela revista Global Heart, importante publicação sobre medicina vinculada à Federação Mundial do Coração. Segundo suas expectativas, essa ferramenta deve ser substituída nos próximos anos por aparelhos semelhantes a smartphones – aparelhos de ultrassom portáteis, capazes de auxiliar no diagnóstico de mais de uma condição clínica: “Enquanto escrevemos, diversos fabricantes oferecem aparelhos de ultrassom portáteis, ligeiramente maiores que um baralho de cartas, equipados com tecnologia e telas projetadas tendo modernos smartphones como modelo”, dizem os autores Jagat Narula e Bret Nelson, ambos professores da Escola de Medicina Monte Sinai, em nova York.

Apesar de esses aparelhos portáteis gerarem imagens de qualidade inferior as dos ultrassons tradicionais, eles oferecem a facilidade de um diagnóstico rápido, que pode indicar a necessidade de novos exames. A acurácia dos diagnósticos, segundo Narula e Nelson, seria ainda superior à dos antigos estetoscópios.
Uma foto de 1955 mostra uma réplica do estetoscópio usado por Lannec  em 1816 (Foto: Orlando /Three Lions/Getty Images)


Estetoscópios podem se tornar coisa do passado, mas é importante notar que, ao longo dos anos, eles sofreram severas atualizações.  O primeiro estetoscópio a surgir foi inventado pelo médico francês René Lannec, em 1816. Antes dele, os médicos auscultavam os pacientes encostando a orelha contra o peito do doente. Estetoscópios eletrônicos existem desde a década de 1970.

Por enquanto, o custo dos aparelhos de ultrassom portáteis ainda impede sua popularização. Na visão dos autores do artigo, o preço deve cair no decorrer dos próximos anos.

Entra em vigor lei para punir corruptor

Por Raymundo Costa
É sabido que no Brasil algumas leis pegam e outras não. A partir de amanhã passa a valer a Lei de Combate à Corrupção, um caso raro de lei que "pegou" antes da vigência, e ficar por isso mesmo depois. Há muita margem para dúvidas. A regulamentação, que sairá por decreto, deve ajudar a explicar boa parte delas, mas só a prática é que dirá se, desta vez, uma lei para combater a corrupção "pegou" de vez no país.
Proposta pelo Lula, aprovada no Congresso e sancionada pela presidente Dilma, a lei estabeleceu um prazo de seis meses para entrar em vigor, um período para a adaptação das empresas. Houve correria aos escritórios de advocacia e a empresas de auditoria, em busca de informações e esclarecimentos para se adequar à lei. Nessas consultas apareceram dúvidas simples, mas também algumas que certamente somente serão esclarecidas em decisões dos tribunais.
Exemplo de consulta fácil: se um despachante da Vale que cuida de seus processos ambientais pagar uma "cervejinha" para um agente público acelerar o processo, a empresa poderá responder objetivamente por isso? A resposta é sim. E os termos, em caso de condenação, são pesados.
Multa chega a 20% do faturamento bruto das empresas
A lei prevê que empresas flagradas pagando propina poderão ser multadas em até 20% de seu faturamento. Reincidências como aquelas observadas em escândalos recentes podem levar até a extinção da empresa. "A lei criou a pena de morte para a pessoa jurídica", diz o advogado Igor Tamasauskas, um especialista na matéria. Ele e seu sócio Pier Paolo Bottini estão ordenando os capítulos e fazendo a revisão final de um livro no qual pretendem esclarecer muitas das dúvidas.
"O foco dessa lei é no corruptor", explica Tamasauskas. "Na lei de improbidade o foco é no agente público. A nova legislação cria a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica", diz. Em português claro, a verificação de dolo ou culpa da empresa deixa de ser requisito para a penalização. "Você não vai falar se ela teve intenção ou não de praticar o ato", diz.
A segunda razão para o prazo de seis meses é que a lei exige das empresas a criação de mecanismo de defesa da integridade interna. "Um mecanismo de compliance - a empresa terá de criar uma série de regramentos, de procedimentos e controles para evitar que qualquer agente, funcionário ou contratado a qualquer título em seu nome pratique um ilícito contra o erário". Os mecanismos permitirão, também, às empresas diminuir sensivelmente as multas passíveis de ser aplicadas com base na nova legislação.
Se a lei já estivesse em vigência, certamente poderia ser usada para responsabilizar empresas como a Alstom e a Delta, as estrelas do momento do jornalismo político-policial. Mas iria além. No momento, elas são acusadas de atos em razão de uma pretensão de fornecimento para o Estado. A nova legislação pega outras situações. Se o departamento de pessoal ou da área de tributos de uma empresa, por exemplo, pagar propina para obstruir a fiscalização de uma maneira irregular, a empresa a empresa já está passível aos rigores da lei. "Na verdade, todas as empresas estão sujeitas à essa lei e não apenas contratadas do poder público. Claro que o foco são as fornecedoras do Estado, mas serve para qualquer empresa", afirma Tamasauskas.
Outro exemplo citado nos debates que antecederam a vigência da lei: uma empresa se credencia para participar de uma licitação municipal e o prefeito exige como "prêmio" a contratação ou de um parceiro local. Se ganhar a concorrência e contratar o "parceiro", a empresa estará sujeita às penalidades da lei. E se ela for parte de um grande grupo empresarial, todas suas ramificações também podem ser responsabilizadas. Uma grande empreiteira, por exemplo, com braços nas áreas de saneamento, construção e transporte.
"A responsabilidade para o grupo é solidária", diz o advogado. "Se o braço de saneamento fizer bagunça, todas as demais empresas são solidariamente responsáveis". Segundo Tamasauskas, a lei é bem ampla, "fala de controladora e controlada, coligada ou eventualmente consorciada - e aí está limitada ao próprio contrato de consórcio. E não adianta ao grupo empresarial se organizar e criar uma empresa para fazer as coisas erradas e achar que vai ficar limitada a ela".
Aparentemente é a situação da Técnica Construções, um braço da Construtora Delta, dona de vários negócios com o governo questionados na Justiça. Mas não é bem assim: a empresa precisaria ter sido criada como fraude, mas a constituição da Técnica se deu em processo de recuperação judicial, com fiscalização, portanto, do Ministério Público e do Judiciário.
O que as empresas tentaram, nesses seis meses, foi tentar compreender o alcance da nova lei, quais as condutas estão abrangidas pela possibilidade de punição. A primeira é simples de entender: 'prometer, oferecer diretamente vantagem a agende público'. Outros incisos mostram questões bem mais complexas como financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo (permitir) a prática de ilícito previsto em lei. Tamasauskas refere um caso concreto: "Será que um banco terá de fazer auditoria de integridade na empresa que lhe pedir dinheiro para financiar a concessão de um determinado serviço público"? Sem saber, o banco pode estar financiando uma atividade ilícita.
Outro dispositivo - e talvez o mais delicado de todos - fala em "dificultar atividade de investigação ou de fiscalização" de órgãos, entidades ou agentes públicos. "O que fazer se um fiscal da receita achar que pode abrir um procedimento legal, se o contribuinte deixar de prestar uma informação?", questiona Tamasauskas. O sucesso da nova legislação certamente estará no equilíbrio da aplicação da lei - há de haver um limite para evitar o abuso de poder de um fiscal na ponta, e uma resposta do Judiciário na punição não apenas dos corruptos encastelados no Estado, mas também do corruptor. A Lei de Combate à Corrupção não é invenção brasileira. Já vigora nos EUA, por exemplo. Se pegar, será uma real mudança de paradigma.
Raymundo Costa é repórter especial de Política, em Brasília. Escreve às terças-feiras
E-mail: raymundo.costa@valor.com.br


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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Bode

Tem dia que até as pessoas falando Monsantes enche o saco...

domingo, 26 de janeiro de 2014

To a venda

Curcuito undergrond

Qdo g6 da pra tras, a gente se arranja de algum jeito!!!

#Velvet
#TequilaCara
#MusicaBoa
#FunkIndie
#FernandinhaEncalhada
#CertezaQueTemOSino
#Alternativo
#IntoTheWild
#VaComNamorada


sábado, 25 de janeiro de 2014

Antes e depois


Sou agro

Bota na lama, sertanejo na caminhonete, xadrez e boné!

Será que eu devia ter feito outro curso???


Que belo!

Estava eu nesse dia, quando surgiu o g6 de 7L!!




Acho que eu gosto de MC&R

Tenho todos os cds no iphone!! :)

E nunca fui num show deles! :(

Btw, isso foi culpa da Jana q inventou de chegar mais tarde no Sertanejo Pop Festival (!!!) de 2011 (!!!!!)





Sendo bruto

Pq ressaca a gente cura com piscina e whiskye!


93 millions miles

Just know
Wherever you go
You can always
Come home...



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

CGH fechou!

Verão náo tem erro: chuva pra caráleo e sem condições de voo.

O piloto desistiu de voar na hora da decolagem! 😱

E terminei meu livro, estou frito :(


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Abrindo os armários, por Zuenir Ventura

Zuenir Ventura, O Globo
Uma das diferenças entre Barack Obama e Bill Clinton, ou melhor, entre a época de um e a de outro, pode ser observada na última declaração do atual presidente sobre drogas. Em termos de costumes, a geração do marido de Hillary usava a meia verdade para confessar pecados do passado. Quando admitiu ter fumado maconha na juventude, fez logo a ressalva hipócrita: “Fumei, mas não traguei.” Ah, bom, então tudo bem. Já Obama revelou com todas as letras ter fumado, tragado a outrora chamada “erva maldita” e, pior, cheirado cocaína.
Fernando Henrique, que hoje encabeça uma corajosa campanha pela descriminalização do uso das drogas, teria dito o mesmo. Mas ele nega, até porque, garante, nunca usou nem cigarro comum (na campanha para a prefeitura de SP, em 1985, Jânio Quadros difundiu o boato devastador de que seu adversário, se eleito, o que não aconteceu, iria promover a distribuição de maconha nas escolas públicas).
Agora são tempos de abrir os armários. Veja outro tema tabu, a homossexualidade, cuja defesa não é mais apenas uma bandeira dos militantes. Depois que o STF reconheceu por unanimidade a união gay como legal (com direito a herança, pensão e adoção) e depois que o Papa Francisco recusou-se a estigmatizar os homossexuais (“Quem sou eu para julgá-los?”), a condição deixou de ser uma doença ou uma patologia social para ser o que é, uma opção sexual, com visibilidade cada vez maior em filmes, peças e novelas.
Apenas um exemplo. O personagem mais carismático de “Amor à vida” é uma bicha — e bicha má, como ele mesmo se classificava, de jogar criancinha em caçamba. O público já esqueceu essa e outras maldades de Félix, continua achando graça em seus trejeitos, está aceitando como natural sua redenção e torce para ele ficar com Nico, a bicha do bem. Se isso não acontecer, não será pela vontade popular, mas talvez porque, tecnicamente, a solução se mostraria impraticável. Segundo me ensinou um entendido, os dois só conjugam na voz passiva, o que tornaria a união homoafetiva inutilmente redundante. A conferir. Cartas para a coluna do Ancelmo.
Pode-se alegar que esse liberalismo só acontece na arte, já que na vida real, aqui e lá fora, continua havendo preconceito e violência homofóbica. Ou seja, mesmo num mundo ideal, sem intolerância, haverá sempre resíduos, como um Marco Feliciano e um Putin, para lembrar Shakespeare: “O mal que os homens praticam sobrevive a eles.”
Já tenho minhas divas do verão. São elas Soraya Ravenle, do musical sobre Chico Buarque; Laila Garin, de “Elis”; Dira Paes e Patrícia Pillar, de “Amores roubados"; Maya Gabeira, das ondas gigantes; e, mais formosa e irresistível do que todas, Alice, que dispensa justificativa.

Zuenir Ventura é jornalista.

O ingrediente secreto

IVAN MARTINS
22/01/2014 08h23
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 A intimidade é inviolável. Saber o que se passa no coração alheio é uma pretensão tola. A maneira como sentimos amor, como lidamos com sexo, como reviramos na cama sob o peso de uma lembrança – ou de um corpo – constituiu uma reserva indevassável de individualidade. Apenas a arte, a psicanálise ou a sinceridade dos amigos nos aproximam, precariamente, da verdade dos outros. O resto é empáfia.
Na semana passada, depois de ver pela segunda vez o filme Ninfomaníaca, fui assaltado pela vontade de falar de uma questão insolúvel da nossa intimidade: a relação entre amor e sexo.
A certa altura do filme, uma personagem sussurra ao ouvido da outra: “O ingrediente secreto do sexo é o amor”. Lindo, mas a personagem que recebe a revelação não acredita. E como poderia? Ela é uma devassa enrijecida, sem conhecimento do afeto. Quando se trata de sentimentos, o que é verdade palpável para um de nós pode ser romantismo pueril para o outro. E vice-versa.
Eu mesmo, embora romântico, ao ouvir a frase do filme pensei que também se poderia dizer ser o contrário: “O sexo é o ingrediente secreto do amor”. Estaria errado? Não. Há muitos para quem a intensidade do sexo é que define a ligação amorosa. Quando o sexo é bom, seus sentimentos vão de roldão.
Quantos de nós somos assim? Nem tantos, eu acho. Minha percepção é que a maior parte das pessoas, homens e mulheres, está disposta a trocar sexo por romance. O melhor sexo fica na memória, ou persiste em escapadas. Mas a pessoa por quem somos apaixonados, (sabe-se lá por que razão), queremos perto de nós, “para sempre”. Aceitamos até sexo irregular e meia boca em troca da sensação de amar.
O desejo nos perpassa a vida, mas não tem a capacidade do amor de nos ligar às pessoas. Fenece rápido, enquanto o anseio amoroso dura. Talvez se possa dizer que o desejo é uma sensação permanente e impessoal, refere-se a muitos, enquanto a paixão é incomum e voltada a um ser específico. Eles se misturam, mas raramente se confundem.
Isso não implica numa hierarquia de sensações. Não quer dizer que o amor é mais nobre. Mas sugere que as emoções têm tempo e qualidade diferentes. Não se constrói com o sexo o mesmo que se constrói com o amor. Não se extrai dele o mesmo grau de compromisso e nem a mesma dependência emocional. Quando o sexo com alguém começa a se tornar fundamental, deixou de ser apenas sexo. Virou carinho ou paixão. Ganhou um rosto. Sexo pode ser anônimo; amor tem identidade.
Mas, na vida de cada um de nós, frases gerais não fazem sentido. Somos peculiares e contraditórios. Fomos dotados pela natureza do poder de fazer sexo a todo momento, quase indiscriminadamente, mas não agimos assim. Alguma conexão afetiva é necessária. Uma pitada de amor, ainda que ilusória, torna o sexo possível no dia a dia. Nos dá segurança para se despir, física e metaforicamente, diante do outro. Para a maioria é assim, eu imagino. Mas, para outros, eu sei, a desconexão afetiva é essencial. Sem ela, não conseguem mergulhar na insensibilidade moral sem a qual o sexo se torna excessivamente cuidadoso.
Não é curioso? Precisamos de algum grau de intimidade para chegar ao sexo, que é fornecida pelo afeto. Mas, no curso do sexo, temos de nos desvencilhar do afeto, temos de despersonalizar o outro com títulos vulgares (seu isso, sua aquilo) para alcançar a luxúria, de onde emana o prazer mais visceral. Há uma tensão permanente entre essas coisas na vida da maior parte das pessoas. E no interior dos casais. O sentimento abre portas que levam ao sexo, mas em algum momento é necessários superá-lo para chegar até o fim - aonde se vai, contraditoriamente, apenas em companhia de quem nos dá segurança afetiva.
Mas isso tudo, claro, são suposições. A intimidade de cada um de nós é coberta por um véu de mistério e incompreensão. As misturas que fazemos de amor e de sexo, ou as trocas entre eles, nós s apenas somos capazes de admitir, e teríamos dificuldade em entender. Mas é fato que essas duas entidades - o desejo e o afeto - nos habitam. Duelam dentro de nós permanentemente. Às vezes, para nossa felicidade, se abraçam. Nesses breves momentos, que jamais serão eternos, a vida nos parece simples e sublime. Como a de um bicho deitado ao sol. Como a de um anjo, embora anjos não existam.
Ivan Martins escreve às quartas-feiras.

Impossivel

Serio, esse jogo me da o maior bode pq nao passa dessa fase


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ktvero

Só cara bruto!



Que fds!

Despedida de solteiro do Marcel, não podia ser coisa fraca, ne!



- 1 camarote na Brook's

- 7 amigos da Ktivero

- 2 tequilas

- 2 Whisky

- 2 Ciroks

- 1 Absolute

- Cervejas, cervejas, cervejas

- 400 pilas por cada

- Dogão na rua com a Dona Maria



Curtir um sertanejão com a galera: Não tem preço!








Grupo dos 85 mais ricos do mundo tem riqueza igual à dos 3,5 bilhões mais pobres

O GLOBO (EMAIL)
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Atualizado:
RIO - O pequeno grupo das 85 pessoas mais ricas do mundo concentra a mesma riqueza que os 3,5 bilhões mais pobre do planeta, revelou nesta segunda-feira uma pesquisa da organização Oxfam International. O estudo foi divulgado às vésperas do Fórum Econômico Mundial e tem como objetivo estimular o debate sobre a desigualdade social no encontro, que ocorre a partir de quarta-feira em Davos, na Suíça.
De acordo com o relatório, o grupo de super-ricos acumula fortuna de US$ 1,7 trilhão. A entidade afirma ainda que 1% da população mundial detém quase metade da riqueza mundial: US$ 110 trilhões.
Para a Oxfam, dedicada ao combate à pobreza, o alto nível de desigualdade está relacionado à concentração de poder, que garante mais oportunidades aos mais favorecidos. A entidade cita pesquisas realizadas em seis países, inclusive o Brasil, que mostram que a maioria das pessoas acredita que as leis são distorcidas em favor dos mais ricos. Segundo o estudo, paraísos fiscais, práticas anticompetitivas e baixo investimento em serviços públicos estão entre os fatores que dificultaram uma melhor distribuição de oportunidades.
“Esta captura de oportunidades pelos ricos às custas dos pobres e da classe média ajudou a criar uma situação onde sete de dez pessoas no mundo vivem em países onde a desigualdade aumentou desde os anos 80”, afirmou a Oxfam.
Para o diretor da organização, Winnie Byanyima, que estará em Davos, a luta contra a pobreza está relacionada ao combate à desigualdade.
- O aumento da desigualdade está criando um círculo vicioso onde riqueza e poder estão cada vez mais concentrados nas mãos de poucos, deixando o resto de nós lutando por migalhas que caem da mesa - afirmou Byayima.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/grupo-dos-85-mais-ricos-do-mundo-tem-riqueza-igual-dos-35-bilhoes-mais-pobres-11355568#ixzz2r2HHIwHk 
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

#1. Cidade dos Anjos Caidos

Escarpas Folia

Anem, se eu morasse em Beagá (ou se tivesse mais coragem - ou cara de pau - pra comprar mais passagens), eu iria em todos os Aquecimentos do Escarpas Folia!

E já teria batido tipo metada da minha meta de shows deste ano!

O que você revela sobre você no Facebook

RUTH DE AQUINO
15/01/2014 15h04 - Atualizado em 15/01/2014 15h07
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Coloquei o apartamento do meu pai para alugar no carnaval do Rio. Um rapaz respondeu. Simpático, educado. Achou o preço ótimo. Pelo que me falou sobre ele, eu disse OK, vou reservar para você.

Perguntei quais eram as idades do grupo. Ele respondeu que faria o depósito do sinal. Insisti perguntando as idades do grupo. Respondeu que mandaria logo e me pediu o contrato de temporada para assinar rapidamente e fechar negócio. Pedi de novo os nomes e as idades dos interessados. Tudo por email.

Quando eu percebi que havia uma certa enrolação, telefonei para o celular do candidato. O rapaz, engenheiro formado, paulistano, aparentemente rico e de boa família, tinha 26 anos. Dois eram amigos de 28 e 29 e havia uma trinca – “ou mais” – de 20 a 23 anos. “Primos”.

Bom, aí a coisa começou a emperrar.

Resolvi olhar os perfis nas redes sociais. Eram bonitos, fortes e saudáveis os dois mais “velhos”. O que me contatou tem, como foto principal, uma imagem sem camisa, músculos bem definidos, numa mesa de bar, rodeado por latas de cervejas.

Nada demais, um cara festeiro, curte a vida, não?
Outra foto o mostra no meio da Fiel do Corinthians. OK, um cara apaixonado por seu time, uma torcida “aguerrida”...quem não ama seu clube de futebol, né?

A outra foto o mostra rindo, de boné, com uma camiseta com os seguintes dizeres: SEX & PILLS & DRUGS & TATTOO & MUSIC & SEX = Rehab+iMode.

Nesse momento, eu agradeci o interesse e desejei boa sorte a todos.

Fico pensando.

Será que as moças e os rapazes que se despem física e emocionalmente nas redes sociais acham que “tudo bem”?

O meu candidato pode ser uma pessoa muito legal mesmo e as fotos talvez apenas traduzam a personalidade de um jovem popular, feliz, sedutor e cheio de vida.

Mas, na hora de entregar o apartamento dos pais a um grupo de inquilinos, ou na hora de se contratar alguém ou de chamar um profissional para uma empreitada, dificilmente a pessoa opta pelo risco.

A primeira coisa que se faz hoje é verificar o perfil do candidato na rede social.

Tem gente que faz essa “verificação” virtual até mesmo antes de correr o risco de se apaixonar...

E as fotos podem dizer mais do que mil palavras.

Menos, pessoal. Menos.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Lulismo ou "qualunquismo"?

Por Marcus André Melo
Há duas visões rivais sobre a política brasileira na era dos governos petistas. A primeira aponta para um fenômeno supostamente novo - o lulismo - que representaria um realinhamento histórico que teria ocorrido na última década. A denominação lulismo - em lugar de petismo - chama a atenção para o fato de que os votos no PT e no presidente passaram a dissociar-se. Este realinhamento se daria pela conquista dos grotões atrasados pelo PT: o eleitorado petista teria se deslocado definitivamente para as regiões mais pobres - o Nordeste, o Norte - áreas que estiveram por décadas sob controle de setores conservadores. Para isso teria contribuído a ampliação de programas sociais, como o Bolsa Família, e uma estratégia de comunicação nova - por direta e eficaz - que o presidente Lula encarnaria. A visão alternativa é que este realinhamento não teria ocorrido e a "conquista do Nordeste" seria uma mera re-atualização da patologia recorrente da política brasileira: o governismo.
Em livro clássico sobre o clientelismo no "mezzogiorno" italiano, Chubb analisou o "qualunquismo" - o governismo arraigado somado à indiferença e cinismo cívico. Prefiro esse termo para caracterizar a situação brasileira porque o termo governismo tout court pode sugerir alguma forma de identificação política com o governo. "Qualunquismo" - derivado de "qualunque", qualquer um - é uma variante invertida do "hay gobierno soy contra". Mas a ela se conjugam o cinismo, o alheamento frente ao mundo da política.
A versão forte ou maximalista do argumento do lulismo é que finalmente os pobres acordaram de seu entorpecimento histórico. A metanarrativa presente nesta visão é que - permitindo-me recorrer a um termo meio esquecido do léxico político - os pobres passaram a ter "consciência de classe".
Política de transferência de renda não tem intermediários
Que suporte empírico é mobilizado para sustentar o argumento do lulismo? O primeiro é que ocorreu uma inegável reorganização territorial do voto no Brasil a partir de 2006. O voto petista efetivamente concentrou-se nos Estados mais pobres. Inferir o comportamento individual dos eleitores de dados agregados (neste caso, municípios ou Estados mais pobres) é um dos erros elementares de análise estatística, mas há evidências que os mais pobres de fato votam no PT. Uma variante é que estaria ocorrendo uma polarização de base territorial. Esse argumento ecoa algo da literatura acadêmica sobre realinhamento partidário nos EUA. Só que no Brasil não há nenhum equivalente à clivagem entre o norte e o sul nos EUA em torno da questão racial. Os quatro realinhamentos que essa literatura identifica - desde a fundação do partido democrata por Andrew Jackson até a década de 60 - tiveram ela como vetor. Não há evidências que qualquer fator regional esteja associado ao lulismo, para além de comentários preconceituosos disparados no Facebook. Nesse caso o argumento parece uma ideia fora de lugar.
O argumento do "qualunquismo" tem sido defendido com base em evidências de que o eleitor dos grotões sempre tende a apoiar quem está no governo, mesmo quando não mantém afinidades eletivas com ele. De fato, as pesquisas mostram que nas últimas cinco eleições presidenciais o voto nessas regiões tem sido invariavelmente governista. A lógica por trás do voto "qualunquista" já foi discutida há mais de 50 anos atrás por Victor Nunes Leal em "Coronelismo, enxada e voto". A dependência dos grotões frente ao governo central impelia os moradores dessas áreas a apoiarem o governo. A intensa competição política local era apenas "uma disputa para ver quem iria ter o privilégio de apoiar o governo central". Nesse sentido, o voto petista concentrado no Norte/Nordeste não representou uma "marcha para o Nordeste" mas apenas a chegada do partido ao poder. O privilégio de quem vai apoiar o governo central continuaria sendo disputado por elites atrasadas. A força intuitiva desse argumento vem do fato de que o rol dos que têm o privilégio de apoiar o governo central é assustador: uma mirada para Alagoas e Rondônia, passando pelo Pará e Maranhão, seria suficiente. Quem está na oposição só tem a oferecer ideologia e princípios: por isso o PT, como o MDB antes dele, nasceu urbano e cosmopolita. Mas os testes estatísticos sustentam esse argumento robustamente.
Embora a tese do qualunquismo seja mais persuasiva e esteja firmemente ancorada em evidências, ela é ainda insatisfatória. A conquista dos grotões não é nada mais que um reflexo da consolidação da democracia no Brasil. Quando se inaugura um mercado eleitoral competitivo - como o brasileiro - a tendência no médio e longo prazo é que ocorra um realinhamento de políticas. Essa é a essência do teorema do eleitor mediano - uma espécie de lei da gravidade da ciência política. Quando a renda é fortemente concentrada, a renda do eleitor mediano é significativamente menor do que a renda per capita. Haverá então pressões redistributivas - tanto mais fortes quanto maior o hiato de renda. Isso explica porque todos os principais contendores da disputa presidencial atual apoiam o Bolsa Família ou até prometam elevar seu escopo e valor. A política de transferências sociais é o que os cientistas políticos denominam "valence issue". Sua consensualidade - pelo menos no que se refere à redistribuição moderada de renda - implica que os políticos são avaliados apenas pela maior ou menor competência em garantir que os objetivos da política sejam atingidos. Assim não é o Nordeste, mas a maioria dos brasileiros, que tem baixa renda, que sob a democracia, apoia medidas redistributivas. O que há de novo na política nacional é a "federalização do crédito político" com a política social, o que antes só existia na fixação do salário mínimo. A política de transferência de renda não tem intermediários: o eleitor de baixa renda vota no presidente que redistribui mais e melhor (e no oligarca local que aprova a emenda ao orçamento). Mas o eleitor se defronta com um dilema: se deixar de apoiar seu candidato local que garante benefícios estará dando um tiro no próprio pé. Ele se alinhará ao que tiver mais chances - em geral o incumbente do cargo - qualunque!
Marcus André Melo é professor da UFPE, foi professor visitante da Yale University e do MIT e é colunista convidado do "Valor". Rosângela Bittar volta a escrever em fevereiro
E-mail: marcus.melo@uol.com.br


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