sábado, 31 de março de 2012

E março acaba

Outro mês intenso e extremamente corrido, cheio de novidades.

O mais importante aprendizado: se não existisse o vigor da heterose nos cultivos, eu não teria trabalho (e possivelmente não existiria alimentos para 7milhões de habitantes da Terra)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Mapa interativo mostra distribuição desigual de emissões de carbono

A emissão de carbono, que acentua o aquecimento global, ocorre de forma desigual no mundo -- por isso, as consequências das mudanças climáticas não são as mesmas em todos os países. Para mostrar estas diferenças, um jornalista e um programador criaram um mapa interativo, o "Mapa do Carbono", lançado nesta quinta-feira (29).


http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/03/mapa-interativo-mostra-distribuicao-desigual-de-emissoes-de-carbono.html

segunda-feira, 26 de março de 2012

As "garotas tipo" vão mudar o mundo

Com isso, vão permitir que os homens mudem seu jeito de ser


IVAN MARTINS

Saiu na revista Time desta semana uma notícia capaz de apavorar os tradicionalistas: nos Estados Unidos, as mulheres entre 20 e 30 anos estão ganhando mais dinheiro do que os homens na mesma idade. Não se trata de uma projeção sobre o futuro. Está acontecendo já, neste momento. Sem fazer barulho, as garotas americanas ultrapassaram os caras na competição por salário e renda. Faz alguns anos que elas vinham se dando melhor na escola e, mais recentemente, começaram a se diplomar em maior número, mesmo em carreiras tradicionais como medicina e direito. Agora, começaram a ganhar mais. Se não houver alguma interrupção imprevista, a mudança vai se aprofundar e permanecer.

Alguns talvez fiquem surpresos com a notícia. Eu não. Nos últimos anos, tenho visto levas de garotas talentosas e dedicadas chegar aos ambientes de trabalho armadas com sorrisos perfeitos – uma marca cintilante dessa geração – e de uma atitude profissional que varia do sutilmente insolente ao descaradamente insubordinado. Elas são bem preparadas, têm ambição de subir na vida e trabalham duro. Pode demorar mais tempo, mas a tendência é que elas repitam aqui no Brasil o que já estão fazendo nos Estados Unidos – virando o jogo.

Deixo aos economistas e sociólogos a tarefa de especular sobre as consequências práticas dessa mudança. Da minha parte, além de bater palmas (levemente aturdido), só tenho a declarar minha preocupação com os impactos afetivos da nova situação.

Eu me pergunto o que vai acontecer nas relações entre homens e mulheres quando elas se tornarem as donas do dinheiro e dos empregos de prestígio. Como se comportarão os homens quando elas – e não eles - tiverem o dinheiro necessário para pagar a conta do restaurante, reservar hotéis e comprar carros? O que vai acontecer quando o salário das mulheres for o maior na maioria das casas e o emprego masculino se tornar o menos importante da família? Será que os homens ficarão em casa quando as crianças estiverem doentes ou não puderem ir à escola por qualquer outra razão? Imaginem...

A reportagem da revista Time conta uma coisa engraçada. Ela diz que as mulheres jovens que já vivem a situação de ter mais dinheiro e mais poder que os homens ocultam isso daqueles em quem estão interessadas. Se elas têm um carro muito caro, arrumam um jeito de escondê-lo para não assustar o pretendente. Se o emprego delas é muito especial, disfarçam isso atrás de um título genérico. Uma delas disse à revista que compra ingressos para shows bacanas, mas diz ao namorado que ganhou os convites na firma porque ele não teria dinheiro para ir aos shows e ficaria humilhado se ela sempre pagasse as entradas.

Esses truques femininos sugerem que o ego masculino, de um modo geral, ainda não lida bem com mulheres poderosas.

Nós fomos criados para ser o capitão do time, o comandante da tropa e, ao menos materialmente, o chefe da família. Quando essas coisas mudam, algo se altera dentro de nós, e pode não ser para melhor. Um homem que perdeu o seu lugar de prestígio social pode não ser o homem a que as mulheres estão acostumadas ou desejam. Em tese, as garotas são educadas a procurar nos homens características que denotem segurança e sucesso. Se elas são atraídas por machos alfas, o que acontecerá quando elas, em toda parte, forem mais alfas do que eles?

Eu não sei, mas por algumas razões não estou tão preocupado.

A principal delas é que essa enorme mudança está sendo construída devagarzinho, de forma profunda, há muito tempo. As meninas de 20 anos que estão por ai - que eu costumo chamar de “Geração Tipo”, por causa daquela palavrinha que se repete a cada meia dúzia de palavras que elas falam... – são muito mais independentes e assertivas do que as garotas da mesma idade da minha geração. Claro, sempre houve mulheres de personalidade, mas elas nunca foram tantas como agora, ou nunca se mostraram tão claramente. Os caras da idade delas estão acostumados. Eles convivem, conversam, discutem e (quando crianças) até saem no braço como iguais. As relações afetivas se desenvolvem desde cedo num contexto em que a dominação masculina é mais frágil, ou mesmo inexistente. Para mim, as mudanças de comportamento das garotas parecem drásticas e repentinas, para os homens jovens são parte do mundo em que eles cresceram. Eles se apaixonam por essas mulheres imperativas desde a adolescência – e parecem estar perfeitamente adaptados a elas.

É provável, portanto, que caiba às mulheres da Geração Tipo a tarefa de patrocinar a grande mudança masculina desde a saída das cavernas – a perda do protagonismo social absoluto. Discute-se muito que a vida das mulheres mudou enormemente nas últimas décadas e que não teria havido mudanças correspondentes na vida dos homens. Agora que a mudança vem chegando (e o caminhão é enorme), fica evidente que ela só poderia ocorrer com a ajuda das mulheres.

Para os homens descubram a sua própria sensibilidade, é essencial que as mulheres assumam parte das tarefas que ajudaram a moldar a dureza masculina. Competir, impor-se socialmente, ganhar a vida num mundo frequentemente áspero não são coisas que se faz apenas com sorrisos e docilidade. As mulheres da Geração Tipo demonstram saber disso.

Para que os homens assumam parte maior das tarefas práticas e emocionais das mulheres, é necessário que elas saiam de casa e abracem as responsabilidades que antes cabiam apenas a eles. Quando os homens deixam de ser os principais provedores da família, abre-se a possibilidade de que eles venham a se tornar pais mais atenciosos, donos de casa mais ativos e até companheiros mais cuidadosos e perceptivos.

Não haveria como pedir aos homens que mudassem sem que as mulheres mudassem também – e agora isso ficou claro. Mulheres que saem abrem espaço para homens que ficam. Mulheres assertivas permitem parceiros tímidos. Mulheres menos emocionais permitem homens mais emotivos. Mulheres duras criam as condições para a existência de homens frágeis.

As garotas da Geração Tipo, concientemente ou não, estão criando as condições de mudança. Com seus sorrisos cintilantes e seus modos às vezes abruptos, elas vieram para mudar o mundo. Espera-se que em benefício delas mesmas e também dos homens.

(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

Clara de Assis: a coragem de uma mulher apaixonada

Por Leonardo Boff > http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=437622&ch=n

Há 800 anos, na noite de 19 de março de 1212, dia seguinte à festa de Domingos de Ramos, Clara de Assis, toda adornada, fugiu de casa para unir-se ao grupo de Francisco de Assis na capelinha da Porciúncula que ainda hoje existe. As clarissas do mundo inteiro e toda a família franciscana celebram esta data que significa a fundação da Ordem de Santa Clara espalhada pelo mundo inteiro.

Clara junto com Francisco - nunca devemos separá-los, pois se haviam prometido, em seu puro amor, que “nunca mais se separariam” segundo a bela legenda época - representa uma das figuras mais luminosas da Cristandade.

É bom lembrá-la neste mês de março, dedicado às mulheres. Por causa dela, há milhões de Claras e Maria Claras no mundo inteiro. Ela, de família nobre de Assis, dos Favarone, e ele, filho de um rico e afluente mercador de tecidos, dos Bernardone.

Com 16 anos de idade quis conhecer o então já famoso Francisco com cerca de 30 anos. Bona, sua amiga íntima conta, sob juramento nas atas de canonização, que entre 1210 e 1212 Clara “foi muitas vezes conversar com Francisco, secretamente, para não ser vista pelos parentes e para evitar maledicências”.

Destes dois anos de encontro nasceu grande fascínio um pelo outro. Como comenta um de seus melhores pesquisadores, o suíço Anton Rotzetter em seu livro Clara de Assis: a primeira mulher franciscana (Vozes 1994): “neles irrompeu o Eros no seu sentido mais próprio e profundo pois sem o Eros nada existe que tenha valor, nem ciência, nem arte, nem religião, Eros que é a fascinação que impele o ser humano para o outro e que o liberta da prisão de si mesmo”(p. 63). Esse Eros fez com que ambos se amassem e se cuidassem mutuamente mas numa transfiguração espiritual que impediu que se fechassem sobre si mesmos. Francisco afetuosamente a chamava de a “minha Plantinha”.

Três paixões cultivaram juntos ao longo de toda vida: a paixão pelo Jesus pobre, a paixão pelos pobres e a paixão um pelo outro. Mas nesta ordem. Combinaram então a fuga de Clara para unir-se ao seu grupo que queria viver o evangelho puro e simples.

A cena não tem nada a perder em criatividade, ousadia e beleza, das melhores cenas de amor dos grandes romances ou filmes. Como poderia uma jovem rica e bela fugir de casa para se unir a um grupo parecido com os “hippies” de hoje?

Pois assim devemos representar o movimento inicial de Francisco. Era um grupo de jovens ricos, vivendo em festas e serenatas que resolveram fazer uma opção de total despojamento e rigorosa pobreza nos passos de Jesus pobre. Não queriam fazer caridade para pobres, mas viver com eles e como eles. E o fizeram num espírito de grande jovialidade, sem sequer criticar a opulenta Igreja dos Papas.

Na noite do dia 19 de março, Clara, escondida, fugiu de casa e chegou à Porciúncula. Entre luzes bruxoleantes, Francisco e os companheiros a receberam festivamente. E em sinal de sua incorporação ao grupo, Francisco lhe cortou os belos cabelos louros. Em seguida, Clara foi vestida com as roupas dos pobres, não tingidas, mais um saco que um vestido.

Depois da alegria e das muitas orações foi levada para dormir no convento das beneditinas a 4 km de Assis. 16 dias após, sua irmã mais nova, Ines, também fugiu e se uniu à irmã. A família Favarone tentou, até com violência, retirar as filhas. Mas Clara se agarrou às toalhas do altar, mostrou a cabeça raspada e impediu que a levassem.

O mesmo destemor mostrou quando o Papa Inocêncio III não quis aprovar o voto de pobreza absoluta. Lutou tanto até que o Papa enfim consentisse. Assim nasceu a Ordem das Clarissas.

Seu corpo intacto depois de 800 anos comprova, uma vez mais, que o amor é mais forte que a morte.


Leonardo Boff é teólogo e filósofo



Frase do dia

"o sorgo parece brocolis!!!!!" (by daniel)

Empregada: o vida dificil

Nao sei como elas tem tanta imaginação pra inventr desculpas e náo ir trabalhar. No no meu celular eu encontrei as seguintes pérolas:

@ bruno eu vou amanha pq terca tenho medico nadja

@ disculpe perdi a hora amanha eu vou minha consulta e as duas da tarde nadja

@ vou amanha e que meu marido ta enternado desde segunda a noite aqui no tremembé to indo p casa agora amanha te conto o q aconteceu

@ bruno nao deu p eu pq meu filho nao me deixou dormi a noite amanha eu vou

@ vou chegar atrasada ta muito transito nadja

@ bruno meu marido teve uma recaida e passou mal a noite
nao consegui acorda p ir amanha muito cedo to ai nadja

@ Bruno eu vou na terca pq meu filho ta com febre eu ia amanha mas vou leva ele no medico nadja

@ A nadja pediu p avisar q vai na quarta pq o filho dela nao melhorou ela mandou eu avisar ontem mais esquecir

@ Eu estava indo de moto com meu irmao e acabamos batendo em um carro eu nao me machuquei so meu irmao so que tive volta p casa p meu marido ir pegar a moto sei q vc vai viajar mas se vc quiser eu vou amanha nadja

sábado, 24 de março de 2012

Eu sou agro

Confesso que o mundo agro ta se mostrando muito mais legal, diferente (e por vezes confuso) do que eu esperava :)

quarta-feira, 21 de março de 2012

sábado, 17 de março de 2012

Difícil

As vezes o bode é enorme!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Decisão põe Brasil à frente na luta antifumo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/decisao-poe-brasil-frente-na-luta-antifumo-4311579#ixzz1pErkdMCA © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


RIO - A proibição dos cigarros com sabor pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) coloca o Brasil em situação privilegiada frente aos compromissos internacionais de combate ao fumo, afirma a secretária-executiva da Comissão Nacional da Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (Conicq), Tânia Maria Cavalcante. A indústria ficou aliviada com a permissão da Anvisa para a adição de açúcares, mas vai aguardar a publicação da resolução para avaliar se toma medidas contra a proibição.
O Brasil é o primeiro dos 173 signatários do tratado criado em maio de 2003, ratificado pelo governo federal em 2005, a restringir até os cigarros mentolados. Nos Estados Unidos, que também adotou restrições aos sabores, esse tipo pode ser vendido.
— O Brasil já vinha sendo elogiado por ter sido o primeiro do grupo dos “megapaíses”, que inclui China, Estados Unidos, Índia e Rússia, a banir completamente o fumo em ambientes fechados. A decisão da Anvisa é um avanço considerável — afirma Tânia, também pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Souza Cruz diz que Anvisa não ouviu os produtores
A indústria do tabaco projetava, num cenário de proibição completa dos aditivos, perdas de quase R$ 6 bilhões com queda na arrecadação de impostos e nas exportações. Segundo os produtores, isso inviabilizaria a mistura chamada american blend, que usa o tabaco Burley, que perde açúcares na secagem e precisa de recomposição. Pesquisadores de saúde afirmam que a indústria do tabaco já tem patentes para fazer cigarros com fumo Burley sem aditivos. O presidente do Sindicato da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, admite que sim, mas argumenta que não seria suficiente para uma recomposição do mercado, pois há apenas duas ou três marcas registradas.
A pesquisadora Vera Costa e Silva, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz, contesta a afirmação:
— O que eles não querem é ter que mexer no produto.
Segundo a Conicq, com as restrições cada vez maiores à propaganda de cigarros, as empresas passaram a apostar em incentivar os jovens a fumar.
— O sucesso do negócio depende de captar os jovens, tanto que a publicidade de cigarros é toda voltada para esse objetivo, até as embalagens foram modificadas para refletir essa necessidade. Isso é mostrado claramente pelos próprios documentos internos deles — afirma Tânia.
A Souza Cruz afirmou em nota que a Anvisa não levou em consideração os argumentos dos produtores do setor. Já Schünke afirmou que o país vive uma contradição, pois toma medidas mais ousadas que as de outros países apesar de ser o segundo maior produtor de tabaco do mundo.
— Lamentamos muito a decisão, mas o quadro mudou e precisa ser reavaliado para que termos uma noção maior dos impactos. O que sabemos é que, assim que esses cigarros saírem do mercado, os consumidores vão recorrer mais ao produto ilegal, que já representa 27% do mercado nacional — diz Schünke.
Conicq: é preciso diversificar produção de fumicultores
O gerente financeiro Paulo Bertilac, de 23 anos, fuma há quase uma década, mas defende a proibição dos cigarros com sabor:
— É o pontapé inicial para virar fumante. A lei é importante porque é difícil gostar de primeira de um cigarro com gosto forte. O mentolado é igualzinho, mas parece ser mais suave.
Segundo Tânia, o próximo passo a ser dado pelo país é diversificar a produção dos pequenos fumicultores:
— A demanda está caindo em nível mundial, e o discurso da indústria não vai mudar esta realidade. Temos cerca de 200 mil famílias que ficarão vulneráveis e precisam ser atendidas.
Para o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner, produtores e beneficiadores de tabaco sofrem “perseguição”:
— O Brasil assinou a convenção, mas declarou que não apoiaria medidas que implicassem práticas discriminatórias ao livre comércio. Os níveis de poluição das metrópoles são elevadíssimos, e a prioridade na preocupação com a saúde é o cigarro?


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/decisao-poe-brasil-frente-na-luta-antifumo-4311579#ixzz1pEro0P8t
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Campeão de olimpíadas, estudante de 17 anos do Ceará é aceito no MIT



Vanessa Fajardo
Do G1, em São Paulo
154 comentários
João Lucas Camelo Sá participa de olimpíadas de matemática desde os 12; nem sabe qual o número de prêmios conquistados (Foto: Arquivo pessoal)João Lucas Camelo Sá participa de olimpíadas de matemática desde os 12; nem sabe qual o número de prêmios conquistados (Foto: Arquivo pessoal)
Às 20h28 desta quarta-feira (14), João Lucas Camelo Sá, de 17 anos, acessou a internet na sua casa em Fortaleza (CE) e descobriu que sua vida iria mudar completamente: ele foi aprovado na seleção do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos, o MIT é umas das universidades mais conceituadas do mundo: referência em ensino e pesquisa em tecnologia, ficou em segundo lugar no ranking mundial em reputação da Times Higher Education, atrás apenas da Universidade de Harvard.
A data e o horário em que João Lucas viu a aprovação foram estipulados pela instituição para que os candidatos verificassem o resultado da seleção por meio de uma senha. "Eu estava desanimado, comecei a pensar no pior, mas quando vi que passei, saí correndo, subi e desci as escadas umas dez vezes. Meus pais tomaram um susto", diz João Lucas.
Para ser selecionado no MIT é necessário fazer um exame chamado de Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano,' que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Sá conta que fez as provas específicas de matemática e química e gabaritou com 800 pontos, a nota máxima. Também foi necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language). Do total de 120 pontos, o jovem fez 113.
Apesar do bom desempenho no processo seletivo, o estudante tinha dúvidas se seria aceito.  "Muita gente boa aplica para o MIT, passar lá é algo extraordinário. Não tinha como ter certeza", afirma.
João na Romênia onde conquistou prêmio inédito para o Brasil (Foto: Arquivo pessoal)João Lucas na Romênia onde conquistou prêmio
inédito para o Brasil (Foto: Arquivo pessoal)
Fera em matemática, João Lucas ainda não sabe qual curso vai optar no MIT. A universidade permite que o estudante defina a graduação em até dois anos. Até lá, o jovem quer explorar áreas como computação e economia. E ao concluir os quatro anos de estudo já sabe seu destino: voltar para Fortaleza. "Estudar fora do país vai ser importante para o currículo, mas quero voltar e contribuir para minha cidade, fazer algo significativo para meu estado. Não penso em morar nos Estados Unidos, não teria sentido."
Campeão olímpico
A vontade de estudar no exterior começou quando João Lucas passou a conviver no universo das olimpíadas estudantis. A maioria das universidades americanas valoriza alunos com histórico de participação nessas competições.
Quando tinha uns 10 anos, o estudante foi convidado pelo colégio Ari de Sá, em Fortaleza, onde concluiu o ensino fundamental e médio, para participar de uma oficina de matemática. "As aulas eram legais porque eram mais difíceis, mais desafiadoras do que as da sala de aula. Mas nessa época nem tinha intuito de competir", afirma.
O 'supercampeão' nem sabe dizer quantas medalhas já conquistou ao longo da carreira que começou aos 12 anos. Foi medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática; prata na Olimpíada Internacional de Matemática, na Holanda; prata na Romênia Master (prêmio inédito para o Brasil) e ouro na Olimpíada de Matemática do Cone Sul neste ano, entre outras premiações.
Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!""
João Lucas Camelo Sá, de 17 anos
Apesar de tantos títulos, João Lucas conta que a mais importante conquista não veio em forma de medalha. "Alguns dos meus melhores amigos eu fiz nas olimpíadas. Acontecia de nos encontrarmos nas viagens. Alguns já estudam fora do país e me ajudaram com dicas."
'Não precisa ser gênio'
João Lucas sempre foi bom aluno, costumava assistir às aulas regulares de manhã e passar as tardes na biblioteca da escola. Às vezes, durante as noites, tinha aulas focadas para as olimpíadas ou ia se distrair na casa de algum amigo. O estudante dispensa o título de gênio e diz que qualquer bom aluno consegue fazer o SAT tranquilamente. "Não precisa ser gênio das olimpíadas para ir bem. Tirei 800 e não sou bom em química, não tem muito segredo. Minha rotina nunca foi diferente da maioria das pessoas. Na sala de aula era visto como qualquer um."
A mãe de João Lucas, a assistente social Francisca Rosa Camelo Sá, de 54 anos, agora mescla o orgulho de ver o sucesso do filho com a angústia de saber que o caçula de três filhos vai se mudar do país. "Ele é muito determinado, no fundo sabia que ia dar certo. Mas agora vem a sensação do ninho se esvaziando e ao mesmo tempo saber que nossa missão está sendo cumprida. É muito orgulho."
Além da falta dos pais, das duas irmãs e dos amigos e parentes do Ceará, João Lucas diz que vai sentir muitas saudades do clima do nordeste brasileiro. "Gosto do calor, do céu azul, de acordar com o dia ensolarado. Quando viajava para lugares frios para participar das olimpíadas, voltava e pensava: que sorte eu tenho de morar aqui!"

quinta-feira, 15 de março de 2012

Keep walking, Brazil

Samba de janeiro!

Que lenda, me lembrei dessa música! Tocava em todos os cantos da Europa, em 2007!!!

E é super baranga e não tem nada de Rio de Janeiro!!

E o Juan achava que era "kiraneiro"

Falhas no Metrô e na CPTM causam transtornos a passageiros nesta quarta em SP

S2 SP

http://g1.globo.com/sao-paulo/fotos/2012/03/falhas-no-metro-e-na-cptm-causam-transtornos-passageiros-nesta-quarta.html

Pq viajar com a Ana é muito bom

Fevereiro foi ótimo pq deu pra descansar e viajar com a Ana!

Primeira vez que fomos à Serra do Cipó e com certeza um lugar excelente para se ir, mesmo que seja por alguns dias!!! Namorar e colocar as energias em dia, preparar para o novo começo!


Pq a gente se perde para achar o Juquinha

Pq eu acho que sou modelo

Pq caminhar no parque é bom

Pq a gente é barango tb

Pq a água é uma delícia

Pq eu dou uma de desbravador

Pq ficar de boa é muito bom

Fevereiro foi bom para colocar o "nada pra fazer em casa" em dia. Junto com a Ana, em Sete Lagoas.

E receber o mais novo xodozinho da casa!! O Cacá (em homenagem a Luis, segundo Dete)

Pq o Cacá é muito fofinho e pesa só 530 gramas!!!

Pq tem Carnaval!

Fevereiro sempre é bom pq tem Fevereiro.

E é ainda melhor se você vai com seus amigos para algum lugar legal! SJDR e Tiradentes, novamente, teve bom! Mta farra, bebidas e casos engraçados. Sem falar em cachoeiras, churrascos, aniversários e a famíilia do Cauã, que é ótima!


Pq a cidade é mto bonita e charmosa

Pq as meninas adoram a foto: "somos do campo e meigas"

Pq os 3 casais ainda vão se casar no mesmo dia!

Pq os meninos bombam, msm com a Big Apple quente

Pq a gente se ama

Pq a gente vai fantasiado pra festa

Pq se a Lorena briga com o Luiz a gente fica junto e bomba demais sem as meninas

Pq o pessoal da Coca me adora

Fevereiro foi ótimo pq eu fechei um ciclo mto bom na Coca!

E o melhor, todo mundo ficou triste com a minha saída! E eu, de certa forma, também!

Pq Finanças é sério mas é legal

Pq a gente fazia o "Dia do Xadrez"

Pq Coca-Cola é essa Coca-Cola toda

Pq meu aniversário bomba

Fevereiro foi ótimo pq meu aniversário bombou!

Nada como juntar uma super festa, com mta comida e (principalmente), muita bebida. E os melhores amigos de sempre!

Mas porque bomba???

Pq meus amigos são os mais animados

Pq a gente fica bem em fotos bêbados

Pq o primeiro (entre todos os mais de trinta) pedaço de bolo, com certeza, é da Ana

Pq eu serei padrinho deles

Pq o Igor é maloqueiro e inventou pra todo mundo que minha festa era a fantasia

Eu voltei...

Acho que agora vou ter algum tempo para escrever e atualizar o meu blog :D

Retrospectiva rápida do último mês, que foi intenso!

domingo, 11 de março de 2012

Uma paixão de ônibus


Uma paixão de ônibus

O transporte público não é só ecológico. Pode ser romântico.

IVAN MARTINS
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IVAN MARTINS É editor-executivo de ÉPOCA (Foto: ÉPOCA)
Desde que roubaram meu carro, há uns 30 dias, tenho feito algo que eu não fazia há muito tempo: andar de ônibus. Numa cidade como São Paulo, no verão, isso significa tomar muito sol, tomar chuva e, frequentemente, perder tempo demais no ponto de ônibus. Mas a experiência não se resume aos aspectos ruins. No lado bom, eu redescobri o ônibus, e também o metrô, como um lugar de contatos humanos. É possível conversar, rir e até se apaixonar na condução. O transporte público não é só mais ecológico, ele pode ser mais romântico também.
De zero a dez, qual a chance de conhecer uma pessoa legal indo de carro para o trabalho? Nenhuma. Ou melhor, você pode atropelar o amor da sua vida, como aconteceu na novela Dancing Days, de Gilberto Braga. Os mais velhos se lembram. Quem gosta de amor bandido tem a chance de conhecer um assaltante ou um sequestrador. Basta ele aparecer com um revólver na janela do seu carro. Há também os acidentes. Conheço uma moça cujo carro foi abalroado (alguém ainda usa esse verbo?) pelo Raí, o ex-jogador de futebol e sonho de consumo de boa parte da mulherada. Enquanto o carro estava na oficina, ela falou com o bonitão ao telefone meia dúzia de vezes. Teve a chance dela.
Compare essas migalhas estatísticas com as possibilidades quase infinitas do ônibus ou do metrô. Todos os dias, a qualquer hora, há dezenas ou centenas de caras novas no transporte público. Ok, nem todas são agradáveis. Muitas estão de péssimo humor, algumas estarão com péssimo odor, e com várias delas você, definitivamente, não quer travar contato. Mas, feita essa seleção superficial, ainda restam muitos.
Eu, mesmo sendo tímido, já conversei com muita gente desde que voltei ao transporte público. É natural. A pessoa está ao seu lado, basta fazer um comentário ou pedir uma informação. Não soa inteiramente invasivo. Na verdade, é um gesto saudável de sair de si mesmo e esticar a mão. Nós, como espécie, não fomos geneticamente projetados para andar isolados dentro de uma SUV, berrando ao celular. Somos criaturas sociais, que nos alimentamos do riso, da conversa e do convívio.
Como em toda parte, na condução há códigos de contato que têm de ser respeitados. Gente com iPod tocando tão alto que você pode escutar do outro banco não está interessada em conversar – ou é tão surda que você vai ter de usar linguagem de sinais para se fazer entender. Melhor evitar. Pessoas mergulhadas muito profundamente na leitura em geral não querem ser interrompidas. Deixe-as em paz. É aconselhável, também, respeitar o sono dos justos. Não vá você, garanhão, sacudir a gatinha que dorme ao seu lado no banco para perguntar o que ela achou da cerimônia do Oscar. Ela terá toda razão de mandá-lo para o inferno.
Para mim, que não ando de iPod e tenho náusea se insistir em ler no ônibus, a grande distração é olhar. Há gente de todas as cores, idades e aspectos no ônibus. Muita gente bonita, inclusive. A diversidade racial brasileira, que surpreende e encanta os estrangeiros, está mais presente na condução do que nos locais de classe média de São Paulo, sempre tão bregas e caipiras na sua uniformidade. Lembro de um amigo americano que dizia assim: “Vocês acham bonitas as mulheres do shopping. Eu acho bonitas as mulheres do ponto de ônibus”. Hoje eu entendo melhor o que ele queria dizer. E não é apenas uma questão de aparência. É atitude também.
Outro dia, eu estava de pé, me preparando para descer do ônibus, quando reparei, sentada num banco à minha esquerda, numa mulher linda, de traços escuros, olhos imensos, uma cabocla brasileira que poderia enfeitar qualquer tela do Paul Gauguin. Eu me distraí olhando para ela e a moça percebeu. Mas, em vez de baixar os olhos, como eu inconscientemente supus que ela faria, sustentou o meu olhar com tranquila insolência, como quem perguntasse: e agora, cavalheiro, vai fazer o quê? Diante desse gesto altivo, claro, quem ficou tímido fui eu. Baixei a cabeça e desci do ônibus com o rabo entre as pernas. Quem não quer se molhar entra na chuva para quê? Bobão.
Confesso que eu adoro isso. A falta de hierarquia no transporte público me encanta. Numa sociedade tão desigual, tão cheia de superioridades fajutas, o metrô e o ônibus igualam as pessoas. Ali são todos cidadãos, cada um com sua carinha, sua roupinha e suas angústias, que atravessam o rosto à medida que os pensamentos se processam. Basta reparar. Dentro do carro, protegidos pelo ar condicionado e pela música, podemos cultivar a ilusão de que somos diferentes de todo mundo, pessoas especiais. O ônibus desfaz esse engano. O metrô repara esse equívoco. Eles nos põem na multidão cobertos apenas pelo nosso caráter. Nos inserem quase nus na vida da cidade - com toda a complicação, todo desconforto e todas as possibilidades que isso acarreta.
(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)