A música é MUITO boa... Mas
1 - A Janaynna é muito fraca, coitada
2- Tem uma propaganda super forçada da Ambev
Economista que não economiza em palavras... Porque mesmo sem motivo eu gosto de falar.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
"To do" para Outubro e Novembro
- Paula Fernandes + Zeze di Camargo e Luciano + Alan e Alex
- Luan Santana
- Jorge e Mathes + Gusttavo Lima
- Luan Santana
- Jorge e Mathes + Gusttavo Lima
De volta ao desenvolvimentismo
LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA
Desde 1991 a política econômica do Brasil se pautava pelo ortodoxia convencional ou o consenso de Washington. A partir, porém, de 2006, já com Guido Mantega no Ministério da Fazenda e Luciano Coutinho no BNDES, o governo Lula começou a mudar a estratégia de desenvolvimento em direção ao novo desenvolvimentismo.
Em 2009 um passo decisivo nesse sentido foi dado com o início do controle da entrada de capitais. Agora, no nono mês do governo Dilma Rousseff, a decisão do Banco Central de baixar a taxa de juros, surpreendendo o mercado financeiro, e a decisão do governo de taxar a importação de automóveis com menos de 35% de conteúdo nacional consolidam essa mudança.
O aprofundamento da crise mundial tendo a Europa como epicentro e o desaquecimento da economia brasileira confirmam a boa qualidade da decisão.
O novo desenvolvimentismo não é uma panaceia, mas está ancorado teoricamente em uma macroeconomia estruturalista do desenvolvimento, tem como critério o interesse nacional, e sabe que este só pode ser atendido por governantes que em vez de aplicarem fórmulas prontas avaliam cada problema e cada política com competência. Adotado com firmeza e prudência, o Brasil crescerá a taxas mais elevadas, com maior estabilidade financeira, e com a inflação sob controle.
Enquanto o tripé ortodoxo é "taxa de juros elevada, taxa de câmbio sobreapreciada, e Estado mínimo", o tripé novo-desenvolvimentista é "taxa de juros baixa, taxa de câmbio de equilíbrio, que torna competitivas as empresas industriais que usam tecnologia moderna, e papel estratégico para o Estado".
Enquanto para a ortodoxia convencional os mercados financeiros são autorregulados, para o novo desenvolvimentismo apenas mercados regulados podem garantir estabilidade e crescimento.
Novo desenvolvimentismo e ortodoxia convencional defendem a responsabilidade fiscal, mas o mesmo não pode ser dito em relação à responsabilidade cambial. Enquanto o novo desenvolvimentismo rejeita os deficits em conta corrente, a ortodoxia convencional os promove, e, assim, se comporta de maneira populista (populismo cambial).
Argumenta que a "poupança externa" aumentaria o investimento do país, mas, as entradas de capitais para financiar esses deficits aumentam mais o consumo do que o investimento, endividam o país, o tornam dependente do credores e de seus "conselhos", e resultam em crise de balanço de pagamentos.
O Brasil, ao retornar ao novo desenvolvimentismo, está voltando a se comportar como uma nação independente. Havia deixado de agir assim em 1991, porque vivia profunda crise, e porque a hegemonia neoliberal americana sobre todo o mundo era, então, quase irresistível.
Mas desde meados da década passada a sociedade brasileira começou a perceber que o projeto neoliberal era um grande equívoco, e que havia uma alternativa para ele. Como a crise financeira global de 2008 demonstrou de maneira cabal, as políticas econômicas neoliberais não eram boas nem mesmo para os países ricos.
Dessa maneira, a hegemonia neoliberal entrou em colapso, e as forças desenvolvimentistas -os empresários industriais, os trabalhadores e uma parcela da classe profissional- fortaleceram-se, o que abriu espaço para que o governo Dilma aprofundasse seus compromissos para com elas. Um novo e amplo pacto político está se formando no Brasil. Vamos esperar que leve o Brasil mais depressa para o desenvolvimento.
De volta ao desenvolvimentismo
O Brasil está voltando a se comportar como nação independente ao perceber o equívoco do neoliberalismo
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Desde 1991 a política econômica do Brasil se pautava pelo ortodoxia convencional ou o consenso de Washington. A partir, porém, de 2006, já com Guido Mantega no Ministério da Fazenda e Luciano Coutinho no BNDES, o governo Lula começou a mudar a estratégia de desenvolvimento em direção ao novo desenvolvimentismo.
Em 2009 um passo decisivo nesse sentido foi dado com o início do controle da entrada de capitais. Agora, no nono mês do governo Dilma Rousseff, a decisão do Banco Central de baixar a taxa de juros, surpreendendo o mercado financeiro, e a decisão do governo de taxar a importação de automóveis com menos de 35% de conteúdo nacional consolidam essa mudança.
O aprofundamento da crise mundial tendo a Europa como epicentro e o desaquecimento da economia brasileira confirmam a boa qualidade da decisão.
O novo desenvolvimentismo não é uma panaceia, mas está ancorado teoricamente em uma macroeconomia estruturalista do desenvolvimento, tem como critério o interesse nacional, e sabe que este só pode ser atendido por governantes que em vez de aplicarem fórmulas prontas avaliam cada problema e cada política com competência. Adotado com firmeza e prudência, o Brasil crescerá a taxas mais elevadas, com maior estabilidade financeira, e com a inflação sob controle.
Enquanto o tripé ortodoxo é "taxa de juros elevada, taxa de câmbio sobreapreciada, e Estado mínimo", o tripé novo-desenvolvimentista é "taxa de juros baixa, taxa de câmbio de equilíbrio, que torna competitivas as empresas industriais que usam tecnologia moderna, e papel estratégico para o Estado".
Enquanto para a ortodoxia convencional os mercados financeiros são autorregulados, para o novo desenvolvimentismo apenas mercados regulados podem garantir estabilidade e crescimento.
Novo desenvolvimentismo e ortodoxia convencional defendem a responsabilidade fiscal, mas o mesmo não pode ser dito em relação à responsabilidade cambial. Enquanto o novo desenvolvimentismo rejeita os deficits em conta corrente, a ortodoxia convencional os promove, e, assim, se comporta de maneira populista (populismo cambial).
Argumenta que a "poupança externa" aumentaria o investimento do país, mas, as entradas de capitais para financiar esses deficits aumentam mais o consumo do que o investimento, endividam o país, o tornam dependente do credores e de seus "conselhos", e resultam em crise de balanço de pagamentos.
O Brasil, ao retornar ao novo desenvolvimentismo, está voltando a se comportar como uma nação independente. Havia deixado de agir assim em 1991, porque vivia profunda crise, e porque a hegemonia neoliberal americana sobre todo o mundo era, então, quase irresistível.
Mas desde meados da década passada a sociedade brasileira começou a perceber que o projeto neoliberal era um grande equívoco, e que havia uma alternativa para ele. Como a crise financeira global de 2008 demonstrou de maneira cabal, as políticas econômicas neoliberais não eram boas nem mesmo para os países ricos.
Dessa maneira, a hegemonia neoliberal entrou em colapso, e as forças desenvolvimentistas -os empresários industriais, os trabalhadores e uma parcela da classe profissional- fortaleceram-se, o que abriu espaço para que o governo Dilma aprofundasse seus compromissos para com elas. Um novo e amplo pacto político está se formando no Brasil. Vamos esperar que leve o Brasil mais depressa para o desenvolvimento.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Ir pra Minas no fim de semana...
Nova embalagem deve valorizar as garrafas PET
Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
Marçon, da Abipet: se coleta seletiva não aumentar, recicladores vão usar resina virgem para continuar operando
Na superaquecida demanda por reciclagem de garrafas PET, a partir da qual o preço da matéria-prima reciclada se aproxima aos valores da resina virgem, o recente lançamento da embalagem "bottle-to-bottle" - produzida parcialmente a partir de garrafas PET recicladas pós-consumo - da Coca-Cola no Brasil promete mexer com as bases do mercado, hoje disputado por diferentes setores, principalmente o têxtil. "Queremos formar uma cadeia de valor para o material, garantindo sua aquisição no longo prazo, sem os riscos da variação cambial típicos das commodities", revela Rino Abondi, vice-presidente de tecnologia e logística. Para garantir a sustentabilidade do modelo, a estratégia é o apoio às cooperativas, além da parceria com empresas globais de reciclagem que chegam ao Brasil.
Produzida em Curitiba pela Spaipa, a nova garrafa começou a ser distribuída no Paraná e São Paulo, expandindo-se para os demais estados a partir de dezembro. No momento, a tecnologia está restrita às embalagens 2,5 litros, contendo 20% de PET reciclado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou o uso de até 50%. "A previsão é aumentar a produção inicial de 5 mil toneladas para 60 mil toneladas em 2014", informa Abondi, lembrando ser "difícil incorporar sustentabilidade sem quebrar barreiras".
"O objetivo é dar ao PET o mesmo status alcançado pelas latas de alumínio, cuja valorização contribuiu para o atual índice de reciclagem, superior a 95% no Brasil, recorde mundial", afirma Marco Simões, diretor de comunicação e sustentabilidade. Segundo ele, a empresa assumiu o risco dos preços atualmente altos do PET reciclado, na expectativa do desenvolvimento da coleta seletiva e de novos hábitos para separação do lixo reciclável nas residências, capazes de aumentar a oferta do material e, consequentemente, permitir maior equilíbrio nos preços. Até o fim da década, a meta é recolher 85% de garrafas PET para o novo uso industrial, com participação de cerca de 200 cooperativas.
A meta global do fabricante para 2020 é duplicar a atual produção, emitindo carbono em níveis inferiores aos registrados em 2005. Além de já ter reduzido na média 20% a quantidade de plástico e vidro das garrafas, o que significa menos custos e emissões, a estratégia é expandir o retorno das embalagens vazias. A substituição de resina virgem pela reciclada pode reduzir carbono em até 10%, de acordo com dados da empresa. "O propósito é contribuir para o índice nacional de reciclagem de PET aumentar dos atuais 56% para 70%, em quatro anos", anuncia Simões.
"A nova garrafa vai elevar os valores do material após o consumo", estima o consultor Julio Cesar Santos, da organização Doe Seu Lixo, do Rio de Janeiro. Hoje as cooperativas de catadores vendem o quilo do PET entre R$ 0,80 e R$ 1 para atravessadores, que por sua vez repassam para a indústria a cerca de R$ 1,80. O atual preço de mercado da resina virgem é de R$ 2,20/kg.
A cooperativa Rio Coop, que comercializa por R$ 1,60 o quilo de PET na capital fluminense, trava uma queda de braço com os intermediários. "No mercado aquecido, buscamos clientes que pagam mais", afirma o presidente José Luís Estácio, lembrando que o valor para o material, no ano passado, não ultrapassava R$ 1,10 o quilo. "Para evitar os riscos da oscilação de preços, as cooperativas precisam articular com agentes financeiros oficiais linhas de crédito para capital de giro", sugere André Vilhena, diretor do Compromisso Empresarial para Reciclagem.
Para Auri Marçon presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET, "se a coleta seletiva não aumentar, recuperando para as indústrias embalagens que estão indo para aterros, os recicladores buscarão resina virgem para continuar operando". A preocupação se justifica, porque o mercado para a reciclagem do material tem crescido exponencialmente no Brasil, no ritmo de novas aplicações industriais. "Há espaço para uma demanda 30% superior à atual", diz.
Águas nunca navegadas
fernando canzian
26/09/2011 - 07h00
Águas nunca navegadas
O que está em jogo: um dominó de calotes e quebra de bancos na Europa, a ruptura do euro afundando alguns de seus 17 condôminos e um longo período de estagnação nos Estados Unidos.
As consequências dessas alternativas, ou da combinação delas, são incógnitas.
Nesta crise, os manuais foram abandonados. Enquanto não houver um risco sério de inflação no horizonte, deve prevalecer a heterodoxia, em voga desde 2008.
Para especular sobre o futuro, a alternativa é o passado.
Por alguns séculos, os países centrais de hoje enriqueceram se apropriando dos recursos de regiões periféricas. Foram vários os ciclos de rapina. Do ouro e da prata, da escravidão, do açúcar, da borracha, para ficar só na América Latina.
Depois de se industrializar, os ricos viveram de sua riqueza. E forneceram crédito à periferia para que comprasse o que produziam.
Foi assim que vários países da Ásia e da América Latina também se industrializaram minimamente. Ao mesmo tempo em que se endividaram barbaramente.
Editoria de Arte/Folhapress |
A periferia aprendeu. Tratou de poupar e ajustar suas contas.
Já o mundo rico continuou vivendo de sua riqueza. Penhorando o futuro numa espiral de endividamento. A crise atual cobra essa conta.
O quadro à esquerda mostra claramente como o G7 (EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão) e o conjunto das economias avançadas se endividaram enquanto os emergentes fizeram o ajuste.
Editoria de Arte/Folhapress |
.
Ao mesmo tempo em que reduziam o peso do endividamento público como proporção de suas economias (do PIB), os emergentes passaram a acumular bilhões em reservas.
O quadro à direita mostra esse movimento. Foi uma resposta dos emergentes ao trauma de repetidas crises cambiais e de endividamento.
Eles não apenas diminuíram dívidas e aumentaram o caixa. Suas economias também cresceram rapidamente, sobretudo na Ásia. E, mais recentemente, na América Latina.
O resultado (no quadro abaixo) é que os emergentes finalmente hoje respondem pela metade do PIB mundial.
Editoria de Arte/Folhapress |
EUA e China dão o exemplo. Americanos se endividaram comprando o que os chineses fabricaram. Países como o Brasil entraram na roda vendendo produtos básicos à China.
A grande incógnita é se os países ricos, agora traumatizados, seguirão o caminho dos emergentes no passado. Na direção de um ajuste estrutural que reduza seu endividamento e aumente as reservas.
Numa economia global, para que uns tenham superavit, outros têm de acumular déficits. Necessariamente.
Quando os emergentes buscaram isso, contaram com os países ricos. Eles tinham renda elevada e disposição para consumir se endividando.
A perspectiva dos ricos hoje é inversa: emergentes com renda baixa (pobre nos EUA é mais do que classe C no Brasil) e escaldados pela praga do endividamento.
O quadro inspira conflitos. Isso nunca aconteceu.
Fernando Canzian é repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Ganhou um Prêmio Esso em 2006 e é autor do livro "Desastre Global - Um ano na pior crise desde 1929". Escreve às segundas-feiras na Folha.com.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Programa de Educação Tutorial
Hoje me bateu uma saudade da época do PET.
Os grupos de discussão, os cafés da tarde, as discussões sobre projetos e monografias, a convicção de mudar o mundo, a graduação e nós mesmos.
Os seminários e encontros... Ah, os encontros eram os melhores. EnaPET, SudestePET, PETUfmg,ANPEC, Diamantina.
Pessoas e lugares que marcaram!
Os grupos de discussão, os cafés da tarde, as discussões sobre projetos e monografias, a convicção de mudar o mundo, a graduação e nós mesmos.
Os seminários e encontros... Ah, os encontros eram os melhores. EnaPET, SudestePET, PETUfmg,ANPEC, Diamantina.
Pessoas e lugares que marcaram!
"O melhor do PET é o PETiano!" Eu, Ricardo, Laura, Samuel, Arthur, AnaPaula (ia ser melhor a Bruna, mas tudo bem) e Analu! |
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Monumentos cervejeiros
Legal as imagens, do Rio, Paris e NY...
http://speedbeer.blogspot.com/2011/04/3-wallpapers-legais-da-cervejaria.html
http://speedbeer.blogspot.com/2011/04/3-wallpapers-legais-da-cervejaria.html
Dilma, forma e conteúdo
eliane cantanhêde
21/09/2011 - 15h39
Dilma, forma e conteúdo
A presidente, primeira mulher a abrir a Assembleia Geral na história da ONU (prerrogativa brasileira) fez uma comparação que foi no fígado dos EUA e da Europa: o desemprego. Os desempregados nos EUA já são 14 milhões e, na Europa, 44 milhões, enquanto o Brasil vive fase de praticamente "pleno emprego". Ela admitiu, porém, que a capacidade de resistência do Brasil "não é ilimitada". Leia-se: a crise está chegando.
Em política externa, Dilma fez um apelo veemente para a adaptação do Conselho de Segurança da ONU ao mundo contemporâneo, com a inclusão de novos membros, e disse que o Brasil está plenamente apto a assumir uma vaga permanente, uma velha aspiração.
A presidente também defendeu a criação do Estado palestino, contrapondo-se à posição de Barack Obama, que é contra, mas ela teve o cuidado de falar na importância da paz e nos direitos de Israel. Ainda defendeu as revoluções democráticas no mundo árabe, condenando a repressão arbitrária e feroz de alguns governos, implicitamente condenando a Líbia de Gaddafi.
É claro que boa parte do discurso foi destinado às mulheres, no que ela fez muito bem (olha o meu "corporativismo" aí...). Na forma, estava firme e enfrentou bem o natural nervosismo. Pena que sua assessoria tenha falhado na escolha da roupa, pois blusa azul estampadinho com parede verde confuso no fundo é uma péssima combinação para imagens e distrai o telespectador.
No conteúdo, foi afirmativa, deu seu recado e foi Dilma Rousseff, não mera leitora de discurso pronto.
O discurso não muda nada na ordem das coisas, nem deve ter lá grande repercussão na mídia internacional, que só pensa e tem olhos para Obama e para os líderes de países ricos, mas o importante é a plateia que estava ouvindo atentamente a presidente de um país emergente, pacifico e que está quase completando duas décadas de um círculo virtuoso. O recado dela foi dado.
Eliane Cantanhêde é colunista da Folha, desde 1997, e comenta governos, política interna e externa, defesa, área social e comportamento. Foi colunista do Jornal do Brasil e do Estado de S. Paulo, além de diretora de redação das sucursais de O Globo, Gazeta Mercantil e da própria Folhaem Brasília.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Top25
Tudo bem que eu tenho certeza que meu iTunes tem algum problema (é humanamente impossível que a contagem de reproduções esteja correta). Segue o Top25 do mês.
#25: Costumes (Paula Fernandes)
#24: Inventor dos amores (Gusttavo Lima)
#23: Nova namorada (Marcos e Belutti)
#22: Um coração para amar (Pe Zezinho)
#21: Ninguém tem nada com isso (Hugo e Thiago)
#20: Arrasta (Gusttavo Lima)
#19: Sou foda (Carlos e Jader)
#18: Dupla Solidão (Marcos e Belutti)
#17: Certos Detalhes (Conrado e Aleksanro, feat Luan Santana)
#16: Nunca me solta (Maria Cecília e Rodolfo)
#15: De graça (Maria Cecília e Rodolfo)
#14: O mundo é tão pequeno (Jorge e Matheus)
#13: Meu amor (Pixote)
#12: Presente de Deus (Maria Cecília e Rodolfo)
#11: Rolling in the deep (Adele)
#10: Oração de São Francisco (Pe Marcelo Rossi)
#09: Super homem (Gusttavo Lima)
#08: Super amor (Luan Santana)
#07: Sobrenatural (Maria Cecília e Rodolfo)
#06: Amor transparente (Maria Cecília e Rodolfo)
#05: Infinita Highway (Engenheiros do Hawai)
#04: Balada boa (Gusttavo Lima)
#03: Essência (Maria Cecília e Rodolfo)
#02:Só passando pelo que eu passei (Maria Cecília e Rodolfo)
#01: Prazo de validade (Gusttavo Lima)
#25: Costumes (Paula Fernandes)
#24: Inventor dos amores (Gusttavo Lima)
#23: Nova namorada (Marcos e Belutti)
#22: Um coração para amar (Pe Zezinho)
#21: Ninguém tem nada com isso (Hugo e Thiago)
#20: Arrasta (Gusttavo Lima)
#19: Sou foda (Carlos e Jader)
#18: Dupla Solidão (Marcos e Belutti)
#17: Certos Detalhes (Conrado e Aleksanro, feat Luan Santana)
#16: Nunca me solta (Maria Cecília e Rodolfo)
#15: De graça (Maria Cecília e Rodolfo)
#14: O mundo é tão pequeno (Jorge e Matheus)
#13: Meu amor (Pixote)
#12: Presente de Deus (Maria Cecília e Rodolfo)
#11: Rolling in the deep (Adele)
#10: Oração de São Francisco (Pe Marcelo Rossi)
#09: Super homem (Gusttavo Lima)
#08: Super amor (Luan Santana)
#07: Sobrenatural (Maria Cecília e Rodolfo)
#06: Amor transparente (Maria Cecília e Rodolfo)
#05: Infinita Highway (Engenheiros do Hawai)
#04: Balada boa (Gusttavo Lima)
#03: Essência (Maria Cecília e Rodolfo)
#02:Só passando pelo que eu passei (Maria Cecília e Rodolfo)
#01: Prazo de validade (Gusttavo Lima)
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Filmes > Planeta dos macacos: a origem
O filme tinha tudo pra ser muito ruim. Força muito a amizade, mas no final é bem interessante e surpreendente.
O mercado tem razão
O quadro ao lado mostra a razão de os mercados financeiros estarem como estão.
São os vencimentos de dívidas do setor público de alguns dos países europeus mais afetados pelo pessimismo de investidores, empresários e consumidores.
A conta de dívidas neste ano é até pequena quando colocada na perspectiva dos quatro anos à frente.
O problema central é que os países envolvidos parecem condenados a vários anos de baixo crescimento e arrecadação de impostos (para pagar dívidas) também pequena. O mercado vislumbra um calote.
Por isso cobra juros cada vez maiores para emprestar a esses governos, agravando o quadro geral.
Nessa montanha de dívidas e vencimentos estão pendurados os bancos. Eles são os principais credores dos volumes que o quadro mostra. Por trás dos bancos, empresas e consumidores também endividados.
É natural o pessimismo. O problema é que ele só agrava o cenário.
Investidores fogem de ações e querem se desfazer de ativos, como imóveis. Já quem não tem nada, apenas dívidas, procura poupar ao máximo, esfriando o consumo.
Há uma desvalorização geral de tudo. Para os governos endividados, fica cada vez mais difícil pagar dívidas, pois a arrecadação de impostos para isso depende do crescimento da economia.
"Reestruturação" de dívidas, com aumento dos prazos para pagamento e redução de juros deve ser a saída desse nó. Isso se torna cada vez mais inevitável.
Não é o fim do mundo. Mas haverá uma modificação nele.
No final dos anos 1980, alguns países em desenvolvimento (Brasil incluso) deram um calote organizado em suas dívidas. O Plano Brady (Nicholas Brady era secretário do Tesouro dos EUA) alongou prazos e reduziu juros dos débitos.
Coisa que EUA e Europa precisam agora. É o que se tenta fazer com a Grécia, a ponta do iceberg de dívidas europeu.
Pelo visto, a saída é por aí: reconhecer que as dívidas são impagáveis, que afetam o crescimento (tonando-as mais impagáveis ainda) e reestruturá-las. Foi isso o que ocorreu há 20 anos com os Brady, os bônus que substituíram as dívidas dos endividados.
O problema é que na época os países envolvidos eram insignificantes no quadro global: Brasil, México, Equador, Uruguai, entre outros exportadores de produtos básicos.
E eles tiveram na sequência do plano algo que os países ricos jamais terão: a China emergente e voraz por commodities que os ajudou a reequilibrar as contas.
É esse horizonte (ou a falta dele) que o mundo financeiro hoje vislumbra.
Fernando Canzian é repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Ganhou um Prêmio Esso em 2006 e é autor do livro "Desastre Global - Um ano na pior crise desde 1929". Escreve às segundas-feiras na Folha.com.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
:/
Bruno - Acordei tarde neste sábado, mamãe. Fui dormir ontem era mais de uma da manhã
Mãe - Ah, sairam ontem?
Bruno - Não, trabalhei mesmo
Mãe - Ah, sairam ontem?
Bruno - Não, trabalhei mesmo
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
O BC está seguro, o mercado não
Precipitação ou sagacidade. A reação dos mercados ao corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic foi majoritariamente ruim. Alguns poucos, porém, viram na decisão do Comitê de Política Monetária uma atitude inteligente, quase visionária.
O Banco Central olhou para os próximos 12 a 18 meses e viu a economia doméstica bem mais fraca e a mundial crescendo cerca de metade do que se imaginava há poucos meses. A performance do segundo trimestre deste ano, que será divulgada hoje pelo IBGE, deve dar uma dimensão da queda no ritmo da atividade interna. O Relatório de Inflação deste mês fará a revisão da expansão do PIB para o ano. Era de 4% no relatório anterior e não deve ser superior a 3,5% agora.
A perda de viço da atividade econômica no país, sobretudo da produção industrial, decorre das medidas monetárias e fiscais. Ainda não reflete a situação externa que vai piorar, avalia o governo. Há, assim, uma sobreposição de fatores que empurram a produção para baixo e reduzem as pressões sobre os preços.
O desaquecimento será mais forte no mundo e no Brasil
As análises da maioria dos agentes de mercado e a pesquisa Focus ainda não retratam essa realidade. A economia brasileira não deve crescer mais que 3% em 2012, se chegar a tanto. De abril a agosto, no entanto, o Focus só registrou a redução de meio ponto percentual (0,5) no PIB brasileiro entre este e o próximo ano. Estão atrasados, comenta-se no governo.
Se o impacto da recessão mundial for equivalente a apenas 25% do que foi na crise global de 2008/09, isso significará, para o Brasil, perda de mais 0,5 ponto percentual de produto e uma queda da inflação entre 0,5 e 1 ponto percentual. Diferente daquele período, quando os países centrais tinham munição fiscal e monetária para reagir e a recessão foi profunda, mas rápida, desta vez eles não têm mais balas na agulha e as economias vão entrar num processo mais duradouro de taxas muito baixas de crescimento.
Enquanto isso, no front interno os indicadores mostram que a utilização da capacidade instalada na indústria, em agosto, foi de 83,6%, inferior aos 83,8% de dezembro de 2009. A confiança dos empresários cai há oito meses consecutivos. A indústria está praticamente paralisada, no Brasil e em todo o mundo, desde meados de 2010.
O setor de serviços, no país, continua crescendo e com forte aumento de preços. Assim como o mercado de trabalho está apertado e a inflação ainda é muito alta. Só que, justificam os técnicos, serviços respondem muito pouco ao aumento dos juros. É um setor quase inelástico. Nessa área o problema é estrutural e mais complicado. A expectativa é de que a desaceleração interna e os ventos ruins que vêm de fora acomodem esses preços.
O dinamismo no mercado de trabalho decorre dos inúmeros investimentos espalhados pelo país, argumentam fontes oficiais. Os analistas continuam a usar médias simples de dados passados, embora se constate um deslocamento do nível natural do desemprego no Brasil, disse um especialista.
Em uníssono, os mais graduados assessores do governo sustentam que não houve abandono da meta de inflação de 4,5% para 2012. Em maio, o IPCA estará na casa dos 5% e, no fim do ano, em 4,5%, preveem. "Dizem que Tombini foi pressionado pela presidente a reduzir os juros. Acho que foi o contrário: ele pressionou o governo a fazer um ajuste fiscal de bom tamanho. Agora, estamos entrelaçados", observou fonte qualificada do Palácio do Planalto, referindo-se ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Esse assessor disse que a presidente Dilma Rousseff não exigiu queda dos juros, não imaginava uma redução de 0,5 ponto percentual, mas ficou contente com a medida. "Só que, agora, temos uma relação simbiótica. Se a árvore morrer, a orquídea morre junto."
O caminho que está escolhido - reforço da política fiscal, com o cumprimento da meta integral de superávit primário de 3% do PIB, e afrouxamento dos juros - agora "não tem volta", comentou o ex-ministro Delfim Netto. "O centro está na batalha fiscal. O governo tem que mostrar que vai impor uma disciplina fiscal mais forte e administrar a expansão imoderada do crédito", acrescentou Luiz Gonzaga Belluzzo. Delfim e Belluzzo têm conversado com alguma frequência com a presidente (as duas últimas vezes em junho e agosto). Ambos também se surpreenderam com o Copom. Esperavam um corte de 0,25 ponto percentual na Selic.
Um influente assessor da área econômica comentou que nem todos do mercado criticaram a queda da Selic. Citou, como exemplo, a declaração do economista-chefe do banco de investimentos Renaissance Capital, Charles Robertson: "Foi um movimento inteligente", disse a uma agência de notícias. Relatórios de alguns grandes bancos internacionais associaram o Brasil à Turquia, que também vem cortando os juros apesar da inflação, apesar de destacarem as diferenças.
Pode ter sido uma atitude preventiva do Copom diante do quadro internacional. Um jogo arrojado, arriscado e surpreendente, como interpretou parte do mercado. Mais natural seria ter esperado a reunião de outubro e decidir por unanimidade. É difícil imaginar, porém, que cinco dirigentes do BC tenham abdicado totalmente da missão do banco para ceder à pressão da presidente. O Copom confiou no compromisso do governo com uma sólida política fiscal, bem distinta da concebida no Orçamento de 2012.
Claudia Safatle é diretora de redação adjunta e escreve às sextas-feiras
E-mail claudia.safatle@valor.com.br
Sequestrador tentou jogar avião no Planalto 13 anos antes do 11/9
http://g1.globo.com/11-de-setembro/noticia/2011/09/sequestrador-tentou-jogar-aviao-no-planalto-13-anos-antes-do-119.html
Mais de uma década antes de terroristas da al-Qaeda usarem aviões como mísseis contra as torres gêmeas do World Trade Center, nos Estados Unidos, um brasileiro armado tomou um voo da Vasp com o objetivo de atingir o Palácio do Planalto, em Brasília. Desempregado, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, culpava o governo por sua situação e queria atingir o centro do poder político do país.
"O que ocorreu com o voo 375 da Vasp foi como os atentados a Nova York e Washington. O meu sequestrador tinha a mesma intenção que os terroristas, só que não conseguiu alcançar o seu objetivo. E o risco ainda existe, tanto que o 11 de Setembro ocorreu”, afirma o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, de 60 anos, em entrevista ao G1.
saiba mais
O piloto nunca vai esquecer o dia 29 de setembro de 1988, quando o Boeing 737-300 da Vasp que comandava foi sequestrado.
Durante o voo, ele viveu momentos de terror quando o maranhense, armado de um revólver calibre 32, matou seu copiloto, Salvador Evangelista. "Ele levou um tiro na cabeça quando pegou o rádio para responder a um chamado da torre de controle de Brasília", lembra Murilo. Outro copiloto, que estava na aeronave como passageiro, foi ferido ao tentar impedir a ação do criminoso. (Veja no vídeo acima reportagem do Jornal Nacional sobre o caso na época)
Durante o voo, ele viveu momentos de terror quando o maranhense, armado de um revólver calibre 32, matou seu copiloto, Salvador Evangelista. "Ele levou um tiro na cabeça quando pegou o rádio para responder a um chamado da torre de controle de Brasília", lembra Murilo. Outro copiloto, que estava na aeronave como passageiro, foi ferido ao tentar impedir a ação do criminoso. (Veja no vídeo acima reportagem do Jornal Nacional sobre o caso na época)
Comandante Murilo deixa hospital após ter sido
baleado na perna no desfecho do sequestro
(Foto: José Paulo/AE)
baleado na perna no desfecho do sequestro
(Foto: José Paulo/AE)
“O meu sequestro foi um dos primeiros com aviões no país. Desde então, muita coisa mudou. Mas foi um processo lento de conscientização pela melhoria da segurança na aviação. Naquele tempo, não havia nem detectores de metais nos aeroportos”, relembra o comandante que, passados 23 anos da tragédia, continua voando como piloto de cargueiro no Rio de Janeiro.
O voo 375 da Vasp fazia o trajeto Porto Velho-Rio de Janeiro, com escala, dentre outros lugares, em Belo Horizonte, onde o maranhense entrou armado. Estavam a bordo 135 passageiros e oito tripulantes.
“A ação começou quando já estávamos sobrevoando os céus do Rio de Janeiro. Ele gritava: ‘eu quero matar o Sarney. Quero jogar o avião no Planalto!", diz o piloto. "Na época, eu não tinha ideia de que aquilo poderia ocorrer".
Após a ação, o piloto solicitou às companhias aéreas a instalação de portas blindadas na cabine de pilotagem dos aviões.
Cerco policial em Goiânia
Raimundo Nonato havia perdido o emprego em uma construtora devido à crise econômica que o país enfrentava e acreditava que a culpa era do presidente, na época José Sarney (PMDB), que governou o país entre 1985 e 1990.
Após a ação, o piloto solicitou às companhias aéreas a instalação de portas blindadas na cabine de pilotagem dos aviões.
Cerco policial em Goiânia
Raimundo Nonato havia perdido o emprego em uma construtora devido à crise econômica que o país enfrentava e acreditava que a culpa era do presidente, na época José Sarney (PMDB), que governou o país entre 1985 e 1990.
Na ação, o sequestrador exigiu que o avião se dirigisse do Rio a Brasília. Como o combustível da aeronave estava acabando devido à mudança de rota, o comandante conseguiu convencer o sequestrador a pousar o Boeing em Goiânia.
“Podíamos despencar a qualquer momento. Mas ele não estava nem aí. Era doente, estava para o que desse”, acrescenta. Ao pousar em Goiânia, o avião foi cercado pela Polícia Federal, onde o sequestrador decidiu seguir para Brasília em uma aeronave de menor porte, levando o comandante como refém.
“Ele tentou subir em um Bandeirante que estava estacionado próximo ao Boeing para fugir. Foi nessa hora que eu corri. Um agente da PF conseguiu lhe acertar no quadril, mas o sequestrador ainda teve tempo de atirar, e me acertou na perna”, relembra. O sequestrador foi baleado no quadril pelos agentes da PF e morreu no hospital de infecção, dias depois.
“Hoje, é mais difícil ocorrer um sequestro como aquele no país, acho que pode se repetir apenas em aeronaves menores, ou em aeroclubes pequenos. Os aeroportos possuem detectores de metais, mas muita coisa ainda precisa melhorar até a Copa do Mundo de 2014 para não termos nenhum risco”, acrescenta.
“Ele tentou subir em um Bandeirante que estava estacionado próximo ao Boeing para fugir. Foi nessa hora que eu corri. Um agente da PF conseguiu lhe acertar no quadril, mas o sequestrador ainda teve tempo de atirar, e me acertou na perna”, relembra. O sequestrador foi baleado no quadril pelos agentes da PF e morreu no hospital de infecção, dias depois.
“Hoje, é mais difícil ocorrer um sequestro como aquele no país, acho que pode se repetir apenas em aeronaves menores, ou em aeroclubes pequenos. Os aeroportos possuem detectores de metais, mas muita coisa ainda precisa melhorar até a Copa do Mundo de 2014 para não termos nenhum risco”, acrescenta.
Sequestros durante o regime militar
Pelo levantamento do historiador Ivan Sant'Anna, houve no Brasil pelo menos dez sequestros de aeronaves, a maioria durante o regime militar.
“Na época, criminosos costumavam sequestrar aviões para fugir para Cuba. Lá, recebiam asilo e depois o avião era devolvido ao país. Para os passageiros, era como um passeio a mais, porque nunca houve nenhum ato com agressão antes do sequestro do voo 735 da Vasp”, diz Sant'Anna, que é pesquisador na área de acidentes aéreos. (No vídeo acima, passageiro relembra a calma do comandante do voo)
Pelo levantamento do historiador Ivan Sant'Anna, houve no Brasil pelo menos dez sequestros de aeronaves, a maioria durante o regime militar.
“Na época, criminosos costumavam sequestrar aviões para fugir para Cuba. Lá, recebiam asilo e depois o avião era devolvido ao país. Para os passageiros, era como um passeio a mais, porque nunca houve nenhum ato com agressão antes do sequestro do voo 735 da Vasp”, diz Sant'Anna, que é pesquisador na área de acidentes aéreos. (No vídeo acima, passageiro relembra a calma do comandante do voo)
Hoje, diz ele, são raros casos de sequestros de aeronaves no Brasil. “Sei de casos isolados de roubos de aviões pequenos, às vezes fazendo o piloto como refém, em aeroclubes de pequeno porte, em que não há tanta segurança ou detectores de metais. Normalmente, estes aviões são usados para tráfico ou comércio ilegal”, afirma.
O último caso de repercussão ocorreu em março de 2009, quando um homem roubou um monomotor no Aeroclube de Luziânia e acabou caindo sobre um shopping em Goiânia. O piloto, de 30 anos, e sua filha, de 5 anos, morreram.
Questionada sobre o que mudou em relação à segurança do transporte aéreo para impedir crimes e sequestros a bordo de aeronaves desde 1988, a Polícia Federal não se manifestou.
Questionada sobre o que mudou em relação à segurança do transporte aéreo para impedir crimes e sequestros a bordo de aeronaves desde 1988, a Polícia Federal não se manifestou.
Existe saúde gratis?
http://colunas.epoca.globo.
Nove meses depois da terceira derrota consecutiva nas urnas, a oposição permanece firme em sua estratégia pós-eleitoral: fingir que não se sabe qual a mensagem produzida pelo eleitor para tentar bloquear toda iniciativa do governo que não lhe interessa.
É do jogo democrático. Aquilo que se perde nas urnas tenta-se recuperar nos bastidores.
Vale tentar. Só não vale se fazer bobo nem criar histeria.
Esse debate tem relevancia especial quando o governo Dilma dá sinais de que pretende levantar recursos para financiar a saúde pública, que podem incluir a criação de uma taxa semelhante à CPMF que foi exinta (por 1 voto) no Senado. O fim da CPMF foi única vitoria da oposição no segundo mandato de Lula.
Detalhe político: os principais líderes da votação foram incapazes de renovar seus mandatos nas urnas nas eleições seguintes. Que vexame, não?
Detalhe nos costumes: as investigações da Operação Castelo de Areia revelaram que se criou um esquema de verbas clandestinas para financiar a bancada que derrubou a CPMF. Foram milhões de dólares desviados de estatais ligadas ao PSDB e a grandes empreiteiras, num esquema articulado pela FIESP.
Listas de arrecadadores foram publicadas em jornais e revistas, com datas, valores, origens. O repórter Walter Nunes publicou na Época reportagens muito instrutivas a respeito. Havia quantias, nomes, e até cargos.
Mas, talvez pela falta de um porta-voz tão articulado como o ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o mensalão do PT, desta vez ninguém falou do mensalão anti-CPMF. Seria muito mais honesto e divertido, concorda? Também ajudaria a entender tamanha combatividade da bancada da oposição para derrotar uma idéia que nasceu no governo de Fernando Henrique Cardoso, por obra de um médico tão respeitado como Adib Jatene. Até por uma questão de respeito a si mesma, a oposição não deveria ter combatido a CPMF com tanto empenho assim.
Já disse em mais de uma ocasião que, no debate sobre verbas para a saúde, Dilma precisa chamar Warren Buffett, o bilionário americano que declarou que acha injusto pagar tão poucos impostos impostos em meio a uma crise tão grande.
É isso. A crise mundial levou bilionários do mundo inteiro a aceitar a idéia de que os ricos também podem colocar a mão no bolso e fazer um pouquinho de sacrifício para ajudar seus países a tirar o pé da lama. E isso pode implicar, no Brasil, em pagar 0,1% de sua movimentação bancária para ter hospitais melhores, médicos mais aplicados, enfermeiros melhor treinados. (O,1% equivale à milionesima parte da movimentação bancária de uma pessoa. Se você movimenta R$ 120 000 por ano, faça a conta de quantos reais irá deixar na CPMF por esse período…) Mas a proposta está ainda em estudos, ninguém sabe qual é a idéia, exatamente. Só não vale empurrar para o Pre-Sal, que só começa a jorrar alguma coisa depois de 2015, quando muita coisa pode mudar no ambiente político, vamos combinar.
E não vale dizer que é preciso cortar primeiro os gastos para cobrar uma nova taxa depois. Afinal, ninguém quer fazer mau juizo da competencia do governo do PSDB para examinar as contas do governo, não é mesmo?
Verdade que parte das verbas da saúde foram desviadas de suas funções originais e será preciso cuidar para evitar novos abusos. Também é preciso dar conta de imensos problemas de gestão que o Estado brasileiro enfrenta e que se manifestam no setor. Mas não vamos brincar com as dores e doenças dos outros.
Não vamos por a mão na cabeça e fingir num gesto dramático que é preciso refundar o Brasil toda vez que se quer encarar um problema sério. Essa é a melhor forma de não resolver nada.
A idéia de criar novas taxas é inatacável do ponto de vista de um governo ocupado em controlar suas despesas. Madrinha de novos e velhos conservadores, a primeira-ministra britanica Margaret Tatcher não se cansou de fazer isso.
O patrono dos economistas do Estado minimo, Milton Friedman, dizia que não há almoço gratis. Verdade. Entre num posto de saúde perto de sua casa e responda rápido: há saúde gratis?
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