terça-feira, 31 de julho de 2012

Montagem de mapa do mundo com cédulas de dinheiro vira hit na web


Cada país é representado por uma nota da moeda local.
Imagem foi reproduzida em sites e grupos de discussão na internet.

Do G1, em São Paulo
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Montagem do mapa-múndi com cédulas de dinheiro (Foto: Reprodução)Montagem do mapa-múndi com cédulas de dinheiro (Foto: Reprodução)
Uma montagem com o mapa-múndi usa cédulas de dinheiro para representar os países do planeta. Cada país é formado por uma nota da moeda local (veja a imagem original ampliada).
Um internauta disse ter passado 12 horas trabalhando para criar o mapa no Photoshop. A imagem se tornou hit na web, e já há sites oferecendo à venda posteres com a montagem.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Keep the right

Taí a maior e melhor instituição criada no mundo: Manter-se à direita.

Como me estresso com quem fica na esquerda, atrapalhando a vida de quem quer desenvolver e andar mais rápido!

Por falar em direita e esquerda, cheguei a conclusão que me enganei sobre o lado que eu costumo dormir. Coloquei o piercing na orelha da direita pq pensei que dormia pra esquerda, mas to chegando a conclusão que durmo pro outro lado. Ainda bem que o piercing não dói!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Homens enviam SMS para mais pessoas que as mulheres, diz estudo


Do G1, em São Paulo
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Homens costumam enviar mensagens de texto para um número maior de contatos que as mulheres. De acordo com uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano pela consultoria Vanson Bourne com 2 mil adultos nos Estados Unidos e no Reino Unido, os homens enviam SMS para uma média de 17 pessoas regularmente, enquanto no caso das mulheres esse número cai para 13.
A análise mostra que pessoas do sexo masculino encontram no SMS “uma maneira funcional de se comunicar sem precisar entrar em uma conversa”. Enquanto isso, as pessoas do sexo feminino são mais propensas a enviar mensagens mais longas ou mensagens de texto dizendo “eu te amo”.
Os dados também revelam que, no local de trabalho, os homens são três vezes mais suscetíveis a enviar mensagens de texto a um colega do que as mulheres.
A pesquisa foi avaliada pelo psicólogo Graham Jones, informa a Acision, empresa de mensagens móveis, que encomendou a pesquisa. “Homens tendem a ser mais práticos mandando mensagens mais curtas, comparando com mulheres que escrevem para menos pessoas, mas usam mensagens de texto para aprofundar relações”, diz Jones, segundo o comunicado divulgado pela empresa.
A pesquisa também revelou que usuários de 18 a 25 anos enviam, em média, 19 mensagens de SMS por dia, somando 133 por semana. O valor equivale a mais que o dobro do que os outros grupos etários costumam enviar, diz a Acision.

Sincericídio


As coisas que a gente revela, mas não deveria

IVAN MARTINS
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IVAN MARTINS É editor-executivo de ÉPOCA (Foto: ÉPOCA)
Sem mais nem menos, você sonhou que duas ex-namoradas estavam no banco de trás do seu carro, se beijando. A cena é bonita e você acorda, feliz, para encarar sua linda mulher bocejando de sono. Faz o quê: divide com ela o seu entusiasmo com a fantasia inconsciente? Aproveita e diz que foi a segunda vez, em menos de dois meses, que você sonhou com a Fulana?
Você pode fazer as duas coisas ou apenas uma delas, mas saiba que essa atitude tem nome. Chama-se sincericídio - o ato de contar verdades íntimas que têm potencial para criar problemas no seu relacionamento.
 

OK, se você é uma mulher ou um homem maduro, que vive ou namora com uma pessoa igualmente madura, esta coluna não é exatamente para você. Gente madura talvez possa contar ao parceiro tudo o que sente, sem restrições e sem receios. Mas a maior parte dos casais está longe de ser assim bem resolvido. A maioria vive a dificuldade essencial das relações modernas, nas quais o anseio diário por liberdade e sinceridade esbarra - dia sim, dia não - nos limites da personalidade e da insegurança de cada um. É para esses leitores normais que a coluna de hoje se destina. 
Eles sabem que nem sempre é fácil calar a boca, mas é necessário.
Depois de algum um tempo de relacionamento, os homens começam a achar que aquela gata de pernas lisinhas ali ao lado virou seu brother. Aparece uma mulher bonita na novela e o sujeito vibra: “Como ela está gostosa, hem?!” Os dois estão numa festa, entra a amiga dela num pretinho mínimo, e o cara não se aguenta: “Por que você não chama ela para jantar com a gente?” Isso sem falar das ex, que constituem um capítulo à parte. Alguns homens tendem a exibir enorme intimidade com as mulheres que passaram pela vida deles. Falam delas com carinho, desenvoltura e conhecimento de causa. Para eles é tudo inocente e natural, mas para as mulheres deles não parece nada disso. Elas acham desconcertante.
 
Antes que me acusem de abraçar sem ressalvas o ponto de vista feminino, um reparo: as mulheres também sabem ser sincericidas. Elas tomam um copo a mais de cerveja e se põem a discorrer, na frente do namorado, sobre os dotes masculinos do jovem colega de trabalho. “Nota nove!” É claro que uma bobagem dessas não deveria irritar um macho seguro, mas frequentemente o macho não é assim tão seguro, e se melindra. Ele tampouco gosta quando a moça, insistentemente, se põe a elogiar um tipo muito popular entre as mulheres, que ambos conhecem. Ele diz algo negativo, ela sai em defesa. Ele faz uma crítica, ela contesta. Ela está sendo apenas sincera, mas, na terceira vez que acontecer, o sujeito vai estar com as orelhas em pé. 
Isso tudo, claro, está no terreno das miudezas contornáveis. Casais bem-humorados podem discutir as gostosas e os bonitões da TV sem o menor problema. Também podem rir das tolices reveladoras que um e outro dizem em público, movidos pela mistura de álcool e libido. Com algum convívio e confiança, são capazes de ultrapassar até a barreira das ex e dos machos alfas, tratando isso como se fosse uma pequena inconveniência contornável, que na verdade é.

O que me preocupa é outra espécie de coisa, mais grave.
O sincericídio digno desse nome consiste em dizer coisas que o outro não precisa e não deve ouvir. Aquilo que é, por definição, inconfessável, mas que as pessoas às vezes falam, movidas por um impulso autodestrutivo ou de agressão ao outro. Elas podem, no meio de uma discussão, fazer críticas ao caráter do parceiro que são irreversíveis. Quando se conhece alguém por dentro, a gente sabe das falhas, conhece as fraquezas, mas gosta assim mesmo e deveria calar a boca sobre os detalhes. Mas às vezes a gente fala e arrebenta tudo. Isso é sincericídio. 

Sincericídio é também expor o seu desejo ao parceiro como se fosse um ovo de Páscoa aberto sobre a mesa. Ninguém é tão seguro a ponto de conviver com essas coisas. Nossa mente não tem censura e nem preocupação pelo outro. Ela produz desejos que pertencem apenas a nós mesmos e que nos cabe administrar em silêncio. Talvez em companhia de amigos ou do analista. Despejar sobre o parceiro a torrente de fantasias que a mente cria nos sonhos ou na rotina massacrante do trabalho é apenas uma forma de sadismo. Ele não precisa saber. Ela pode viver perfeitamente sem esse conhecimento.

O contrário do sincericídio é a mistura de honestidade e carinho pelo outro. A gente diz o que pensa, mas protege de informações que machucam e não têm implicações sobre o presente. A gente conta o que é importante, mas não vai afogar o outro em pequenas vaidades ou atribulações. O que você fez no passado, por exemplo, para que dividir? Às vezes a sinceridade é apenas uma forma de exibicionismo. A atração que você sente por Sicrana ou por Beltrano, guarde para você. O galanteio que você ouviu do colega ou o sorriso que ele ganhou da secretária mais bonita do prédio, quem realmente quer saber? A nossa vida não precisa ser um jornal que o outro recebe toda manhã, cheio de noticias. Dividir a vida e dizer a verdade não é sinônimo de contar tudo o que nos acontece ou passa pela nossa cabeça. Isso é sincericídio. E talvez seja burrice.
(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Emprego cresce menos, mas absorve toda nova mão de obra


Por Carlos Giffoni | De São Paulo
Ruy Baron/Valor / Ruy Baron/ValorJorge Arbache, da UnB: " Demografia tem ajudado a controlar o desemprego"
No primeiro semestre deste ano, o país criou 1,047 milhão de novas vagas, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativo a junho, divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. O volume de novas vagas foi 35% inferior ao mesmo período de 2011. Apesar dessa desaceleração, a abertura de vagas formais no mercado de trabalho é suficiente para absorver a oferta de mão de obra, que tem crescido menos. Números do Censo 2010 mostram que a população economicamente ativa (PEA) cresceu, em média, 1,38 milhão de pessoas por ano na última década.
Caso não haja alteração na taxa de fecundidade da população brasileira, nos fluxos migratórios e na produtividade do trabalhador, o país precisa criar cerca de 1,4 milhão de empregos formais por ano para atender a toda a oferta de mão de obra, segundo André Portela, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). "Quando o trabalhador se especializa, ele se torna mais produtivo e é preciso menos gente para fazer a mesma quantidade de trabalho", explica. O professor reforça que a oferta de mão de obra estrangeira e uma mudança no perfil demográfico no país podem alterar esse cenário.
Segundo o Censo, entre 2000 e 2010, a população brasileira entre 15 e 60 anos - intervalo considerado idade ativa - passou de 105 milhões para 124,2 milhões, o que é equivalente a um crescimento médio anual de 1,92 milhão de pessoas. A taxa de atividade - fatia do total que está ocupada ou à procura de um emprego e para quem é necessário criar vagas - se manteve em 72% nesse período.
Jorge Arbache, professor da Universidade de Brasília (UnB), lembra que essa desaceleração no crescimento da população em idade ativa (PIA) e da população economicamente ativa favorece o recuo do desemprego no país, que já registra mínimas históricas - em maio, a taxa de desocupação calculada pelo IBGE ficou em 5,8%. "Se a criação de vagas estivesse caindo e a PEA crescendo mais fortemente, teríamos um problema de desemprego no país, o que não ocorre. A demografia tem ajudado a controlar o desemprego", afirma.
Segundo Arbache, a PEA no Brasil já é muito alta quando comparada aos padrões internacionais. O índice médio de 72% deixa pouco espaço para que o número de pessoas à procura de emprego cresça sem que haja respaldo do mercado de trabalho. "A PEA cresce a taxas cada vez menores. O número de pessoas que estão chegando no mercado de trabalho ainda é grande, mas as taxas são decrescentes, o que também cria espaço para que o desemprego recue", diz. Arbache calcula que a PIA se estabilizará por volta do ano de 2020.
A partir de dados do Censo e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009, Portela, da FGV, calcula que a PEA no Brasil cresceu a um ritmo médio anual de 1,8% na última década. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de maio, realizada pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas do país, já indica um crescimento mais modesto desse indicador. Na comparação com maio de 2011, a PEA cresceu 1,4% (cerca de 300 mil pessoas) e a PIA, 1,2% (cerca de 500 mil pessoas).
O professor da FGV destaca que há uma mudança corrente no perfil da mão de obra brasileira. A fatia de jovens entre 15 e 19 anos inserida na PEA tem diminuído, enquanto que a população entre 20 e 39 anos ganha espaço. Ele atribui esse movimento à maior dedicação dos jovens aos estudos, o que tem adiado a sua entrada no mercado de trabalho.
Arbache, da UnB, ressalta que a baixa produtividade da economia brasileira ainda pode tornar um problema esse crescimento em ritmo mais modesto da oferta de trabalhadores. "A desaceleração da economia já chegou ao mercado de trabalho. Os dados de criação de emprego hoje refletem isso. Notamos um nítido adiamento das contratações", diz.


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http://www.valor.com.br/brasil/2761996/emprego-cresce-menos-mas-absorve-toda-nova-mao-de-obra#ixzz21XfnU200

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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sertanejo

Beleza, eu realmente sou muito fã de sertanejo! Como não gostava disso antes!???

Sertanejo Pop festival foi miito bom! Pena não ter visto o show de Maria Cecilia e rodolfo. Mas Gusttavinho sempre compensando!!

Cacá

Quem é o cachorrinho mais fofo do mundo!????

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Amigos de golpe paraguaio não desistem



É tão difícil defender o golpe de Assunção que seus aliados procuram dizer que o ingresso da Venezuela no Mercosul representa a mesma coisa.

É duro de acreditar.

Ocorreu em Assunção um clássico golpe parlamentar, estratégia que sempre fez parte dos movimentos contra a democracia no Continente mas nem sempre foi fácil de realizar.
Em 1973, a CIA despejou milhões de dólares no Chile – a confissão é de William Colby, diretor da agência na época – para ajudar a oposição parlamentar a derrubar Salvador Allende. Num país onde a constituição exigia uma votação de dois terços para o impeachment, a ideia era reunir votos para destituir o presidente depois das eleições ocorridas no fim de 1972. Mas Allende cresceu e a oposição mudou de estratégia. Foi bater à porta dos quartéis.

Em 1962, quando a Casa Branca decidiu apoiar o golpe que derrubou João Goulart, a primeira iniciativa foi assinar um cheque de 5 milhões de dólares para os parlamentares e senadores de oposição. Era tanto dinheiro que se transformou num escândalo, que terminou em CPI, sobre a direção do deputado Rubens Paiva.
Em 64, quando os tanques derrubaram Goulart, um Congresso amolecido e comprado declarou que a “presidência estava vaga” e assim deu posse a Ranieri Mazzili, laranja que antecedeu a posse de Castelo Branco.
A entrada da Venezuela tem, obviamente, outra origem. Não envolve a soberania de um país. O Mercosul é um acordo comercial.

A Venezuela vinha negociando legitimamente seu ingresso no Mercosul. Todos os países haviam cumprido o ritual para permitir sua entrada. Isso aconteceu porque há um interesse comum entre as partes.
Com uma economia de US$ 350 bilhões, ou dez vezes o Paraguai, a Venezuela é um parceiro que interessa aos vizinhos – e vice-versa. O petróleo venezuelano é e será cada vez mais essencial para o desenvolvimento da região.

O mercado interno daquele país é um destino privilegiado para as exportações brasileiras, que ali garantem um importante superávit comercial.
Se você pensa que alianças regionais são um estratégia adequada para enfrentar o mundo globalizado, deve concluir que o único problema do ingresso da Venezuela no Mercosul é que ele deveria ter acontecido muito antes.

Quem era contra o ingresso da Venezuela?
Apenas o senado do Paraguai, o mesmo que derrubou um presidente eleito soberanamente pela população e não tem compromissos maiores com o desenvolvimento regional. O país tem uma imensa dependência dos vizinhos, mas a parceria estratégica de suas oligarquias se encontra em Washington.
E era por essa aliança que o senado paraguaio barrava a entrada da Venzuela no Mercosul.
De olho nas reservas de petróleo, a Casa Branca não tem o menor interesse em assistir o ingresso da Venezuela numa aliança regional da qual não faz parte.

E por essa razão pressiona os aliados preferenciais para manter a Venezuela à distância de seus vizinhos, usando para isso o fantasma de Hugo Chávez, a quem pretende isolar de todas as formas depois que fracassou no golpe militar-televisivo de 2002.
Ao derrubar Lugo, os golpistas paraguaios se excluíram do Mercosul e suas cláusulas democráticas. Na véspera da encenação parlamentar, a oposição foi informada pelos governos vizinhos do vexame a que estava se submetendo – e tinha ciência do que poderia acontecer.

Mas foi em frente, imaginando que poderia derrubar um presidente e correr para o abraço. Calculava, certamente, que era apenas blefe e, mais tarde, tudo terminaria em pizza.
Mas não. Sem retaliações econômicas, os vizinhos resolveram punir o governo politicamente.
O ingresso da Venezuela no Mercosul foi a única consequência prática que os golpistas receberam por seu gesto. 

É uma lição para quem não respeita a democracia.
Como é que alguém pode achar ruim?

terça-feira, 17 de julho de 2012

Cerca de 95% dos alunos do Bolsa Família frequentam a escola regularmente


Da Agência Brasil
Brasília - O índice de frequência escolar dos meses de abril e maio deste ano exigido pelo Bolsa Família foi atingido por cerca de 95% dos alunos beneficiados pelo programa. Dados do Ministério da Educação mostram que dos 15,4 milhões de crianças e adolescentes acompanhados, 14,7 milhões cumpriram a frequência mínima exigida pelo governo para o programa de transferência de renda.
Este ano, entre os 14,7 milhões alunos que cumpriram a exigência do Programa Bolsa Família, 86,3% das crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos frequentam a escola regularmente. Em 2010, o índice foi 82,9% e, no ano passado, 85,9%, apresentando um acréscimo de 3,4 pontos percentuais em dois anos.
O estado com melhor resultado de frequência foi o Pará, com 98,7%, seguido do Acre, de Pernambuco e de Tocantins, que registraram 97,9% de participação dos alunos. Já Sergipe foi o estado que apresentou o pior índice, com 73,5% dos alunos assistindo o mínimo de aulas exigidas. As capitais que se destacaram foram Goiânia (GO) e Boa Vista (RR), com 98%, seguida por Porto Alegre (RS) com 95%.
A frequência escolar mensal mínima para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos deve ser 85% da carga horária e, para os alunos de 16 e 17 anos, 75%. A baixa frequência pode levar ao bloqueio, suspensão e até ao cancelamento do benefício, caso as faltas sejam reincidentes.
No mês de maio, 801 mil crianças e adolescentes não alcançaram os índices exigidos pelo programa. Antes que as famílias desses jovens tenham o benefício bloqueado, é necessário que os gestores do Bolsa Família, da Assistência Social e da Educação nos municípios identifiquem o motivo das faltas e incluam os beneficiários no acompanhamento familiar (conjunto de ações, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, destinadas às famílias com alto grau de vulnerabilidade e risco social que descumprem as exigências do Programa Bolsa Família).
Edição: Fábio Massalli

Agora eu fiquei doce que nem caramelo

To tirando onda de Camaro amarelo.

Viciei nessa música!!!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Não vou me adaptar


Quem vive mais de um ano no exterior pode achar difícil se reacostumar ao Brasil. Como superar o estranhamento

NATÁLIA SPINACÉ
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OUTRA PRAIA  Stephany no litoral  de Santos. De volta  do Japão, ela diz que acha tudo pior aqui (Foto: Marcelo Min/Fotogarrafa/ÉPOCA)
Voltar a morar no Brasil era o grande sonho da estudante Stephany Yogi, de 26 anos. Ainda adolescente, ela foi morar no Japão para trabalhar e conseguir dinheiro para pagar os estudos numa universidade particular paulista. Depois de sete anos no exterior, voltou ao país há um mês. O retorno não foi como imaginava. No lugar da empolgação por rever a família e da expectativa com o futuro, Stephany diz que o melhor parece ter ficado no Japão. “Comparo tudo, sempre. Tudo lá era organizado, limpo. As pessoas, pontuais. Lá, tudo é superior”, afirma. 
Stephany tem os sintomas clássicos da síndrome do regresso. É o nome de um conjunto de sentimentos, como medo ou dificuldade para assimilar as diferenças entre as culturas, que as pessoas que viveram no exterior por pelo menos um ano tendem a sentir quando voltam para casa. A expressão foi cunhada pelo psiquiatra brasileiro Décio Nakagawa,
que morreu no ano passado, aos 60 anos. Nascido no interior de São Paulo, filho de japoneses e morador da Liberdade, bairro da comunidade nipônica paulistana, atendeu muitos brasileiros recém-chegados do Japão. E começou a perceber características comuns a todos.
Dos 30 anos como psiquiatra, Nakagawa dedicou os últimos 15 a estudar o comportamento dessas pessoas. Segundo seus estudos, alguém leva em média seis meses para se adaptar a uma cultura nova, e dois anos para se readaptar ao próprio país. Ele não publicou nenhum trabalho sobre a síndrome, mas os pacientes acabaram tornando seu trabalho conhecido além da comunidade.
Os estudos de Nakagawa nunca foram tão oportunos. Os dados mais recentes mostram que, desde o início da crise global, em 2008, 16% dos brasileiros que foram morar no exterior voltaram ao país. Com a economia desaquecida lá fora e o crescimento do Brasil, o Itamaraty afirma que a tendência é que esse número seja maior no próximo relatório do órgão, que deverá ser divulgado em agosto, com dados dos últimos dois anos. Por causa do volume de repatriados, o Itamaraty preparou o Guia de retorno ao Brasil, distribuído nas embaixadas, com informações básicas ao recém-chegado: onde morar, onde procurar ajuda etc.
A mulher de Nakagawa, a psicóloga Kyoko, que também estuda o tema, diz que, segundo o marido, o mais importante era que todos precisam se preparar para a volta. “Existe a ilusão de que não é preciso se adaptar a seu país de origem”, diz. “Não é verdade.” Quando vai embora, o expatriado passa por uma série de mudanças profundas. Ele incorpora novos comportamentos e valores, muda o modo de pensar e até de sentir. Mas se dá conta disso apenas quando volta ao país de origem.
O expatriado volta e percebe que as coisas não estão como tinha idealizado. “Isso, somado à mudança que aconteceu lá fora, provoca um choque”, diz Sylvia Dantas, coordenadora do Núcleo de Orientação Intercultural da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “É um sentimento contraditório, porque o indivíduo quer se sentir em casa, mas não consegue.”
A administradora de empresas Carolina Pieroni Celli, de 27 anos, morou dez na Holanda. Voltou para o Brasil em agosto do ano passado. Só neste ano conseguiu sair sozinha à noite. “Antes, se ninguém podia sair comigo, ficava em casa. Tinha medo da violência, de que alguma coisa acontecesse. Isso não existia na Holanda”, diz.
Carolina conseguiu superar esse medo sozinha. Há quem procure ajuda profissional para cuidar do problema. A maior parte dos casos é simples, e a pessoa consegue se adaptar. Mas há também casos extremos que exigem mais dedicação. Uma das pacientes da psicóloga Maria Teresa Vargas, que morou nos Estados Unidos e na Europa por cinco anos, voltou ao Brasil e não conseguiu sair de casa por seis meses. Outra, que viveu 12 anos na Alemanha, tentou a readaptação por dois anos, sem sucesso, e voltou para a Europa. Para quem enfrenta dificuldades sérias, o Núcleo de Orientação Intercultural da Unifesp (intercultural@unifesp.br) e o Núcleo de Informação e Apoio a Trabalhadores Retornados do Exterior (isec.org.br) oferecem atendimento gratuito em São Paulo.
NO MEIO DA RUA Carolina, em Campinas.  Ela passou meses com medo de sair sozinha à noite (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)
Não existe uma fórmula segura para que a readaptação seja bem-sucedida. Algumas atitudes podem facilitar o retorno: mudar a rotina que você mantinha no exterior, cultivar ou retomar contato com amigos que ficaram no Brasil antes de voltar e ter paciência para se encaixar nesse círculo social no retorno (leia mais dicas no quadro abaixo). Quem recebe um amigo ou parente que morou fora por muitos anos também tem de dar aquela forcinha.
8 dicas para se adaptar
1. Voltar é mais difícil que ir. É preciso estar consciente de que o processo de readaptação existe e ninguém escapa dele, em maior ou menor grau
2. Considere que as pessoas e o país não corresponderão a sua expectativa. Assim como você, o país e as pessoas que deixou para trás também mudaram
3. Ter paciência para refazer os laços afetivos com os amigos e familiares
é fundamental. São eles que o ajudarão a se sentir em casa novamente
4. Integrar-se nas conversas dos velhos amigos, mesmo que o assunto pareça desinteressante. Com o tempo, essa sensação tende a desaparecer
5. Quando for embora, manter contato com os amigos que deixou no Brasil. Quando voltar, continuar cultivando as amizades que fez no exterior. Nos dois casos, elas funcionarão como referência
6. Observar os pontos positivos de seu país. Parece óbvio, mas é algo difícil para quem volta e exige esforço
7. Não tentar manter a mesma rotina que tinha no exterior. Novos hábitos podem ajudar no processo de readaptação
8. Matricular os filhos em escola bilíngue ajuda na adaptação, além de aproximar a família de pessoas na mesma situação
Os sintomas da "síndrome do regresso"
Existem cinco sintomas típicos de quem enfrenta a volta ao próprio país 
Os sintomas da "síndrome do regresso" (Foto: reprodução/revista ÉPOCA)