terça-feira, 26 de abril de 2016

Sobre os noivos...

A versão da noiva (senta que lá vem história...)
Conheci Bruno na UFMG. Éramos da mesma turma de Economia. Porém, me recordo dele de uma outra ocasião: da 2ª etapa do vestibular. Me lembro de chegar ofegante, com os pés já com bolhas de tanto andar rápido. Me lembro de, apreensiva, me sentar na segunda fileira da sala, na penúltima carteira. E me lembro do Bruno, sentado na segunda carteira da fileira, à minha esquerda. Tantas outras pessoas naquela sala e eu me lembro justo daquele menino magrelo (quem já viu uma foto do Bruno naquela época, sabe do que estou falando).
Enfim, logo no início da faculdade, ficamos amigos. Bruno, Igor, Carol e eu passávamos a tarde estudando (ou nem sempre estudando), na mesma mesa da biblioteca, a qual apelidamos de Mesa B1. Ali dividimos as nossas angústias com relação ao curso, nos desesperamos às vésperas das provas, jogamos adedanha, combinamos que, se um abandonasse o curso, todos abandonariam... enfim, nos tornamos grandes amigos. 
No 2º período, cada um tomou seu rumo. Bruno foi para o PET (Programa de Educação Tutorial). Eu fui para a Empresa Jr., mas sempre que podíamos, lá estávamos nós na Mesa B1. Nessa época, Bruno tinha uma "queda" por mim. Tomou a iniciativa algumas vezes, mas eu, empolgada demais com a minha vida na capital, pensava:- Nossa! Que menino grudento! Aff... (Tadinho. Desculpa, amor!). Depois de muito insistir (Ele foi guerreiro), iniciamos um breve relacionamento. Mas, quando um não quer, dois não namoram. E foi um completo desastre, chegando a comprometer nossa amizade por um período. Com o tempo, tudo voltou à normalidade (Ufa!). 
No início de 2007,  Bruno foi para seu saudoso intercâmbio, em Bologna, na Itália. Durante esse período, trocamos e-mails e até nos falamos por telefone umas duas vezes. Nessa época, o coração do Bruno já tinha outra dona. Ele a havia deixado aqui no Brasil. Mas, ao retornar, o namoro já havia esfriado. 
Pois bem, no final de 2007, quando já estávamos no 6º período, tive um "click", isto é, comecei a ver o Bruno com outros olhos. Mas eu já o havia rejeitado tantas vezes, que ele não mais nutria nenhum sentimento romântico por mim. Tive, então, que  deixar o orgulho de lado e tomar a inciativa. Chamei-o para sair, rsrsrsrs...
Bom, daí para frente, as coisas foram se ajeitando. Começamos a namorar, oficialmente, em 15 de fevereiro de 2008. Ou seja, três anos depois que haviámos nos conhecido. Vocês podem até pensar que essa novela mexicana foi perda de tempo, mas eu acredito que ela foi fundamental para nos prepararmos para os desafios que estavam por vir. Estávamos, agora, seguros dos nossos sentimentos.
No segundo semestre de 2009, eu trabalhava em BH,  e Bruno fazia mestrado em Ciências Políticas (Como o mundo dá voltas!). Bruno não satisfeito com o intercâmbio em Bologna, parte para outro intercâmbio, só que, agora, em Leiden, na Holanda. Ficaríamos, durante 6 meses, completamente separados. Recordo-me muito bem do dia em que Bruno me contou da nova viagem, em sua república, na Rua Flor de Fogo. Na hora, senti um aperto no coração, mas acho que consegui disfarçar bem a minha angústia (Consegui, amor?). 
Antes de ele partir, conversamos e decidimos que continuaríamos namorando. Eu me fiz a promessa de escrever pelo menos um e-mail todos os dias para Bruno (Que falta fazia um WhatsApp). E assim foram esses 6 meses de namoro, na base dos e-mails. Exceto o período em que Bruno foi para Londres e sumiu da face da terra por uma semana (Xiiiiii). Quando ele retornou, no dia 30 de dezembro de 2009, tinha medo que fosse estranho, que não desse mais certo, mas conseguimos manter o vínculo e, principalmente, o amor.
Em 2010, começou a temporada dos processos seletivos de trainees. Logo, Bruno passou no processo seletivo da Coca-Cola, FEMSA, e eu, na C&A. Bruno, então, mudou-se para São Paulo, e eu, apesar de continuar em BH, passei a trabalhar aos sábados. Ou seja, nos finais de semana em que Bruno estava em BH, nossos encontros se resumiam a sábado, à noite, e domingo. E o que estava ruim, piorou. Fui transferida para Goiânia no final de 2011. Na minha opinião, foram os 9 meses mais difíceis de todo o nosso relacionamento. Nos víamos a cada 1 mês e meio.
Pelo bem geral da nação, em junho de 2012, pedi demissão de meu emprego e retornei para BH. Depois de tantos percalços, namorar à distância de 50 minutos de voo, tendo o final de semana disponível, foi "mamão com açúcar". 
Até hoje ainda estamos assim. Ele, em São Paulo, e eu, em BH. Acabei de sentir aquela mesma angústia quando escrevi essa frase. Não é o ideal, mas acho que aprendemos a lidar com essa situação da melhor maneira possível. Orgulho-me do que ele está construindo lá e reconheço os obstáculos que já superou para se tornar o que é hoje. Tenho certeza de que Bruno está só começando, pois, além de extremamente esforçado, ele adora estudar e está sempre à procura do novo.
Bruno é a pessoa mais engraçada e espontânea que conheço. Ele contagia todos à sua volta, com suas histórias e casos, sendo sempre o centro das das atenções. Alias, Bruno tem o poder de gravar tudo, mas tudo mesmo. Desde a matéria que estudou na aula de Biologia, no dia 28/02/2003, até o nome do primo de terceiro grau, da tia-avó da vizinha. É impressionante!
Bruno têm três sonhos na vida: o primeiro deles é se casar comigo (Claro!), o segundo, é ter talento musical para ser um sertanejo famoso ou ser amigo de um sertanejo famoso; o terceiro, é trabalhar no Pânico da TV ou ter um canal de sucesso no YouTube. Por falar em YouTube, Bruno é capaz de passar horas e horas vendo os mesmos vídeos do Trolalá e afins e rir como se fosse a primeira vez.
Amo o Bruno do fundo meu coração. Temos personalidades bastante diferentes, mas valores semelhantes. Nos equilibramos e somos grandes amigos. Sei que muitos desafios ainda estão por vir, mas me sinto confiante para encará-los ao lado dele. No dia 30 de abril, iniciaremos um novo ciclo de nossa vida. O primeiro dia do resto das nossas vidas, agora como uma família. 

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