"Eu sempre usei uma expressão que os mais simplistas me criticaram dizendo que estava falando bobagem. Falei de uma 'utopia viável'. Uma contradição em termos. Mas fiz de propósito. Tem que ter um sonho, uma meta e um caminho, viável, que possa nos levar na direção aonde queremos chegar."
"É nesse sentido [da cultura brasileira, em sua miscigenação] que digo que somos contemporâneos. Somos multiculturais, como o mundo como um todo está se tornando. Ou seja, de repente o Brasil deu um salto e, sem perceber, passou do atraso para a contemporaneidade mais do que para a modernidade."
"Acho que a nova utopia parte de bases que são a multiplicidade da informação, a conexão entre muitas pessoas, sem intermediários, a possibilidade de saltar fronteiras, queiram ou não queiram os seus guardadores, a necessidade de saltá-las para impedir que as epidemias se espalhem, a necessidade de saltá-las para poder lidar com a ameaça atômica, com a ameaça ecológica."
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